CLASSICS ILUSTRATED # 1 - MOBY DICK
Autores: Dan Chichester (texto) e Bill Sienkiewicz (texto, adaptação e arte).
Preço: Cr$ 290,00 (preço da época)
Número de páginas: 48
Data de lançamento: Novembro de 1990
Sinopse: Ismael, um marinheiro, conta sua história no interior do Pequod, um navio baleeiro do século XIX.
Na viagem, terá que dividir a cama com um canibal; e o navio, com forças espirituais ocultas.
Comandado pelo insano Ahab através dos mares, em busca de Moby Dick, uma baleia branca, de mandíbula torta e com três furos em sua nadadeira de estibordo, o Pequod fará sua viagem amaldiçoada.
Positivo/Negativo: Esta edição traz, tanto aos aficionados por literatura, quanto aos fãs de quadrinhos o velho dilema das adaptações.
O objetivo desta série era mostrar às crianças que os livros contém histórias interessantes e instrutivas, ou apresentar aos adultos a releitura de uma obra que os autores já admiraram quando pequenos?
Qualquer tipo de adaptação carrega seu dilema, seja dos filmes, da música ou da literatura para os quadrinhos, e vice-versa.
O importante é que o leitor saia satisfeito, especialmente aquele que nunca ouviu falar na obra original, neste caso, um livro.
Uma mais recente é a belíssima adaptação da obra A Metamorfose, de Franz Kafka, feita por Peter Kuper e lançada aqui pela Conrad Editora. No entanto, há várias catastróficas, como as de heróis conhecidos que vivem as histórias dos clássicos.
No primeiro número da coleção Classics Illustrated, o livro Moby Dick, de 1851, o mais famoso do escritor Herman Melville, um ícone na literatura fantástica, foi escolhido para ganhar (mais uma) versão em quadrinhos.
Felizmente, o trabalho coube a Bill Sienkiewicz, o fantástico desenhista do clássico Elektra Assassina, de Frank Miller.
A história tem pontos sobrenaturais, de suspense e de aventura. Foi muito bem adaptada e desenhada, mas tem uma mancada no final: o fim é muito abrupto. Na verdade, é algo até compreensível, uma vez que foram 143 capítulos condensados em 48 páginas.
Dan Chichester, que escreveu muitos roteiros do Demolidor, como a saga Last Rites, participa na elaboração dos textos da edição, mas não é nem citado nas páginas finais na relação dos autores do gibi. Falha dos editores da época.
O trabalho de Sienkiewicz, sua caracterização dos personagens, que mudam de humor conforme as cores e suas colagens, deixa o ambiente propício para a imaginação voltar às páginas do livro, para quem já leu. Quem ainda não conhece a obra certamente ficará instigado, para desvendar algumas peculiaridades que não ficam tão claras na adaptação, deixando o suspense ainda mais aflorado e os olhos fixos às páginas até o fim.
A obra foi impressa papel de primeira qualidade, com acabamento impressionante, mas esta obra merecia tal requinte.
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