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CLIC # 2


Título: CLIC # 2 (Conrad
Editora
) - Edição especial

Autor: Milo Manara (roteiro e desenhos).

Preço: R$ 24,90

Número de páginas: 72

Data de lançamento: Dezembro de 2006

Sinopse: Segunda parte das aventuras eróticas de Claudia Christiani, ocorridas em conseqüência da utilização de um aparelho (Clic) com o poder de transformar a mais frígida das mulheres em uma ninfomaníaca insaciável.

Positivo/Negativo: A primeira característica que chama a atenção nesta segunda parte da "saga" do famoso Clic é a ausência total de pudores. O sexo é retratado sem concessões: seja com dedos em locais pouco ortodoxos, masturbação, cunilíngua, felação, Manara mostra tudo explicitamente; além de inusitados closes que enfocam ângulos detalhados de ânus, pênis e vaginas. Trata-se inequivocamente de uma obra erótica, com quase absoluta inexistência de insinuações sensuais leves.

Sem nenhum gancho com a primeira história da série, exceto o próprio aparelho
- encontrado no chalé do álbum
anterior
- e a presença da voluptuosa (e agora morena) Claudia Christiani,
a narrativa começa com a bela garota estabilizada como âncora de um noticiário
ecológico na televisão, emprego conseguido por seu tio, um importante
senador.

O vilão da vez, sósia do ator estadunidense James Dean, obviamente chantageia a linda mulher em troca de exigências sexuais. Já na quarta página, ela sofre os efeitos do lúbrico poder da máquina. O plano de Claudia é ceder voluntariamente aos desejos de seu algoz, para evitar mais transtornos.

Assim, tira a roupa por iniciativa própria, mas os maléficos planos do possuidor do Clic vão muito além de uma simples conjunção carnal. No decorrer da trama, Claudia protagonizará as mais incríveis seqüências de nudez, sexo e perversão.

Manara vai direto ao ponto: o Clic é, como visto no primeiro álbum, um veículo de concretização de fantasias absurdas ou criminosas - quase sempre, das duas ao mesmo tempo (o que ocorre aqui). Se Claudia parece disposta a viver uma vida tranqüila e normal, o bandido não se esforça para contentá-la; deseja testar com a moça incomuns práticas sexuais e observar suas reações despudoradas em meio a figurões da sociedade, pessoas na rua ou até perante seu rígido e traumatizado sexualmente tio.

Para dimensionar o tamanho dos problemas que a repórter tem pela frente, basta citar um dos atos executados por "James Dean": Claudia, desequilibrada e completamente sem controle, masturba-se (com closes) em uma transmissão ao vivo para toda a rede de televisão para a qual trabalha. Mas, verdade seja dita, ela já demonstrara ter um farto apetite e criatividade sexual mesmo sem qualquer influência externa.

Os desenhos de Manara estão como sempre: brilhantes. Obra de mestre, tanto pela precisão nos cenários e formas como pelas cores pulsantes, além da magnífica representação das mulheres, com um óbvio destaque para a protagonista.

O roteiro interessa mais pelo choque envolvendo as improváveis situações, de alta carga erótica, do que pela condução bem desenvolvida da narrativa, mas não tem tantas falhas evidentes.

Classificação:

4,0

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