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COLEÇÃO HISTÓRICA MARVEL - VOLUME 1

1 dezembro 2012

COLEÇÃO HISTÓRICA MARVEL - VOLUME 1

Editora: Panini Comics - Edição especial

Autores: Joe Simon e Stan Lee (roteiro), Jack Kirby e Jim Steranko (desenhos) e Al Liederman, Chick Stone, Frank Giacoia, Don Heck, Syd Shores, George Tuska e Tom Palmer (arte-final) - Publicado originalmente em Captain América Comics # 1, Tales of Suspense # 59, # 79 a # 81 e Captain America # 109 a # 113.

Preço: R$ 19,90

Número de páginas: 160

Data de lançamento: Maio de 2012

 

Sinopse

Reimpressão de histórias clássicas do Capitão América.

Positivo/Negativo

Com a primeira aventura cinematográfica dos Vingadores quebrando recordes de bilheteria mundo afora, é natural que as editoras queiram capitalizar em cima do fenômeno na mídia de origem dos maiores heróis da Terra. Assim, a Panini preparou a série de especiais Coleção Histórica Marvel, estrelada pelos super-heróis da equipe, em alguns de seus maiores clássicos em quadrinhos.

Para esta primeira edição foi escolhido o Capitão América, que brilha em aventuras assinadas por gênios das narrativas de superseres. Estão reunidas a primeira aparição do Sentinela da Liberdade, suas lutas contra o Caveira Vermelha, um confronto de tirar o fôlego com o Incrível Hulk e a saga original da "morte" do herói.

Tudo por um preço convidativo, papel especial e 160 páginas de pura emoção, para leitores veteranos ou novos fãs. Para quem acompanhou o Capitão nas telas de cinema e busca conhecer suas origens, a edição é um prato cheio.

Criado em 1941, por Joe Simon e Jack Kirby, o herói foi o grande símbolo do ideal norte-americano nos quadrinhos durante a Segunda Guerra Mundial, mas seu mérito não se limita aos períodos de conflitos bélicos. Isso porque, além da evidente qualidade propagandística, os valores defendidos pelo herói são comuns a toda humanidade.

Steve Rogers é um soldado honrado, que preza a paz mundial e a liberdade do indivíduo acima de tudo. O roteirista Joe Simon e, posteriormente, Stan Lee, nas histórias deste volume, deixam claro que ele se opõe às forças do mal em todas as suas formas, desde pretensos conquistadores globais a criminosos bem equipados. Suas técnicas de combate encantam pela precisão e exuberância, enquanto o caráter nobre do personagem e sua indômita força de vontade o colocam lado a lado com os maiores mitos do Século 20. E como não pode faltar um inimigo à altura, o Caveira Vermelha encarna com perfeição os males do nazismo.

É de se lamentar que a Panini não tenha incluído mais histórias do período da Segunda Guerra além da origem do Capitão, pois é um material interessante e digno da coleção dos aficionados, além de pouco republicado no Brasil.

Mas as sagas posteriores, com texto de Stan Lee, são igualmente apreciáveis. Ao contrário do estilo que o consagrou em Homem-Aranha e Quarteto Fantástico, não há aqui o foco no lado humano e na vida privada do super-herói, mas aventura e ação ininterrupta, carregadas de hipérboles e frases de efeito.

Também marcam presença o adolescente Rick Jones, que assume o papel de parceiro do Capitão América após ele ser descongelado nos tempos modernos, e uma escalação dos poderosos Vingadores com Thor, Homem de Ferro, Visão, Gavião Arqueiro e Pantera Negra. Todos grandes nomes do panteão da Casa das Ideias, sob o traço incomparável de Jack Kirby.

Na saga do Caveira Vermelha, o Cubo Cósmico chega para ameaçar o tecido da realidade, como ainda viria a fazer muitas e muitas vezes depois. Até no cinema...

E a arte é um dos pontos altos do especial. Jack Kirby é considerado um dos mais brilhantes e influentes ilustradores de super-heróis, e seu trabalho vibrante com o Capitão América atesta isso. O Sentinela da Liberdade está sempre se movimentando e arremessando o escudo, em sequências que ajudaram a definir a estética do gênero.

Jim Steranko é igualmente competente, fazendo valer esta viagem ao passado do ícone. Suas páginas merecem ser analisadas com especial atenção, pela diagramação dos quadros, pela forma como narrava graficamente a história e pelos seus enquadramentos sempre arrojados.

Vale ressaltar a aventura que encerra a coletânea, na qual Steve Rogers é dado como morto e provoca comoção mundial. Antecipando grandes tendências da indústria nas últimas décadas, foi uma grande sacada de Stan Lee, com um desenlace que não subestima a inteligência do público. Este é o tipo de material que merecia estar sempre disponível em edições para livrarias.

A impressão de desgaste na capa da revista dá um charme extra à publicação. Como os filmes de super-heróis vieram para ficar e o interesse por eles só tende a crescer, a esperança é que não se possa reclamar de falta de bons quadrinhos do gênero disponíveis para o público. Mesmo que sejam compilações de HQs do passado.

 

Classificação:

4,0

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