COLEÇÃO POCKET PANINI # 1 - THOR - FILHO DE ASGARD
Título: COLEÇÃO POCKET PANINI # 1 - THOR - FILHO DE ASGARD
(Panini Comics)
- Coleção em seis edições
Autores: Akira Yoshida (roteiro) e Greg Tocchini (desenhos).
Preço: R$ 18,90
Número de páginas: 272
Data de lançamento: Janeiro de 2006
Sinopse: Acompanhe as aventuras do mais valoroso dos deuses vikings: Thor, Filho de Asgard!
No mitológico lar dos deuses nórdicos, trolls, gigantes e dragões são alguns dos desafios que o jovem Deus do Trovão terá de enfrentar se quiser merecer seu lugar como herdeiro da Cidade Dourada.
Positivo/Negativo: Depois de tanto tempo nas mãos de Dan Jurgens, que fez ótimas histórias, mas se prendeu muito na dicotomia deus/homem, trabalhando mais o lado humano do herói do que sua faceta de aventureiro mitológico, o leitor fica um tanto desacostumado com aventuras descompromissadas como esta.
Akira Yoshida resgatou a aventura, os romances, as trapaças e o heroísmo. Isso garantiu uma boa trama, que diverte, emociona e faz viajar em um mundo de fantasias. Não que todos os quadrinhos deveriam ser assim, longe disso, mas ler algo despretensioso, bem escrito, sem aquele cinismo e maldade da exigência tola por histórias mais realistas, é algo quase necessário de tempos em tempos.
Infelizmente para aqueles que se entusiasmaram, vale um alerta. Esta coleção que testa um novo formato de revista, menor que o americano, com várias páginas e preço dito "acessível", se depender da qualidade do primeiro volume está fadada a ser um grande fracasso.
O que ficou mais prejudicado na edição foi a arte. Greg Tocchini não é excelente. Os rostos e feições que faz têm muito a melhorar. Contudo, ele tem uma peculiaridade que torna seu desenho interessante e muito bonito, principalmente para cenários: seu trabalho com sombras e seu detalhismo.
Esses efeitos que o brasileiro faz com competência, ficaram bem acompanhados pela cor da Guro EFX. Com certeza, esse material é lindo no computador e, provavelmente, ficou excelente na versão original, mas a péssima qualidade gráfica da edição nacional acabou com a arte.
A maioria dos efeitos de sombreamento e das cores ficou perdido, pois muitas páginas ficaram desfocadas, pálidas e com borrões de tinta. Repare que muitos balões têm uma sombra azul no contorno pelo que se chama de "erro de registro" na hora da impressão.
Além disso, devido ao volume de páginas e à encadernação, várias páginas duplas ficaram com um certo desnível que dificulta a compreensão da ordem de leitura. Por incrível que pareça, as duplas só se salvaram quando foram "deitadas" em uma simples, com seu tamanho reduzido.
Pra piorar, o preço é alto. Considerando que as revistas de linha têm 96 páginas, se o material fosse dividido em três edições de formato americano, custaria R$ 20,70, com mais páginas e em um formato melhor para a leitura. Nem a caixa para guardar os volumes justificaria o valor.
Como há outros títulos bons para sair nesta linha, quem sabe a Panini corrige essas falhas e ainda consiga salvar essa linha. Pois, por esse preço, os leitores têm direito a uma qualidade maior.
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