COLEÇÃO POCKET PANINI # 3 - FUGITIVOS - VOLUME 1
Título: COLEÇÃO POCKET PANINI # 3 - FUGITIVOS - VOLUME 1
(Panini Comics)
- Coleção em seis edições mensais
Autores: Brian K. Vaughan (roteiro) e Adrian Alphona (arte).
Preço: R$ 16,90
Número de páginas: 208
Data de lançamento: Março de 2006
Sinopse: Era pra ser apenas mais uma das entediantes reuniões anuais promovidas pelos pais de Alex, Nico, Gert, Karolina, Chase e Molly. O que os adolescentes não sabiam é que seus familiares escondem um terrível segredo: eles são supervilões, membros de uma sociedade secreta conhecida apenas como Orgulho.
Agora, os seis precisam fazer algo para impedir os planos malignos de seus pais, fugir da perseguição da polícia e sobreviver nas ruas como... fugitivos.
Positivo/Negativo: As primeiras páginas de Fugitivos podem causar um estranhamento no leitor. Uma história meio sem graça, com personagens irritantes e um desenho estranho não parecem compor o que deveria ser a série mais esperada da Coleção Pocket Panini. Contudo, ao chegar na página 22, você se verá completamente preso à história e não conseguirá parar de ler.
Não que Fugitivos seja a melhor aventura de todos os tempos, muito longe disso. Mas Brian K. Vaughan criou uma narrativa envolvente que deixa o leitor no suspense para a próxima parte. Mesmo não simpatizando com os personagens ou achando todos os acontecimentos absurdos, a revista consegue prender a atenção até o final.
Como sempre, Vaughan carrega nas referências à cultura pop. Nota-se isso claramente na quantidade de notas do editor espalhadas pelas páginas. Contudo, essas conexões com outros elementos tanto externos aos quadrinhos quando aos que se relacionam diretamente à Marvel dão as dicas de para onde ele quer conduzir a história.
A arte também causa o mesmo efeito. No início é difícil simpatizar com o traço e os desenhos das bocas dos personagens irritam um pouco. No entanto, conforme a trama se desenvolve, pode-se perceber que Adrian Alphona foca sua expressão exatamente nos lábios. Tudo no na fisionomia aponta para a boca e ela consegue sintetizar a emoção envolvida na cena. É algo sutil, mas é um efeito poderoso, que transmite um sentimento quase subliminarmente.
No que tange à edição brasileira, apesar da impressão ter melhorado, ainda ficou a questão da encadernação. Neste volume vários diálogos ficaram próximos à lombada, quase impossíveis de ler, fazendo o leitor forçar a revista e correr o risco de soltar as páginas. Talvez a editora devesse pensar em fazer os livros um pouco mais largos, com mais margem.
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