COLEÇÃO POCKET PANINI # 5 – MULHER-HULK
Título: COLEÇÃO POCKET PANINI # 5 - MULHER-HULK (Panini
Comics) - Coleção em seis edições mensais
Autores: Dan Slott (roteiro), Juan Bobillo (arte das partes 1 a 4, 7 e 8) e Paul Pelletier (arte das partes 5,6 e 9 a 12).
Preço: R$ 18,90
Número de páginas: 272
Data de lançamento: Maio de 2006
Sinopse: Vingadora. Super-heroína. Símbolo sexual. Desde que recebeu uma transfusão de sangue irradiado de seu primo Bruce Banner - mais conhecido como o incrível Hulk -, a vida de Jennifer Walters nunca mais foi a mesma.
Como a sensacional Mulher-Hulk, ela já viajou aos confins do universo, salvou o mundo incontáveis vezes e curtiu a vida adoidado. Agora, porém, a chance profissional de sua vida depende de abrir mão de seus incríveis poderes.
A grande pergunta é: valerá a pena?
Positivo/Negativo: Dan Slott criou uma história fantástica. Ele soube brincar com os clichês, fazer uma metalinguagem, inventou alguns conceitos excelentes e transformou em uma personagem muito interessante alguém que várias vezes ficou em segundo plano, como uma mera versão feminina do Hulk. Esta é uma revista de humor, totalmente descompromissada com a "seriedade" dos quadrinhos, tanto que brinca muito com essa idéia.
O pano de fundo da história é um escritório para direito super-humano, onde são empregados superseres sindicalizados, criminosos recuperados e uma certa Vingadora que caiu em desgraça pelo excesso das suas festas e sua irresponsabilidade.
Esse inusitado escritório, no qual se usam gibis como precedentes legais, consegue atrair causas no mínimo engraçadas, como um fantasma querendo ser testemunha no julgamento do seu assassino ou um vilão processando um super-herói que bateu demais nele.
Outras excelentes cenas que merecem destaque são quando o Nevasca vai se vingar da Mulher-Hulk e ela decide tomar uma cerveja com ele em vez de brigar; e, no final, quando a Jen precisa recorrer a uma comic shop local para buscar uma idéia para parar a Titânia.
Apesar disso, a trama sofre na mão de um péssimo desenhista. Provavelmente, o editor achou que seria uma boa para uma história de humor usar alguém como Juan Bobillo, com um traço mais cartunesco. Infelizmente, isso um erro terrível.
Desenhando personagens que ele criou, Bobillo pode até se virar bem, mas fez atrocidades com os da Marvel.
Cada personagem está certamente em sua pior caracterização de todos os tempos. A começar para Mulher-Hulk, que em vez de uma heroína forte e sensual, virou um gordinha no melhor estilo Bridget Jones. Fora ela, pode-se elencar uma extensa galeria de caracterizações horríveis, como os de J.J. Jameson, Adam Warlock (que parece ter um buraco na testa e não sua jóia espiritual), Bill Raio Beta, entre vários outros.
Foi uma falha terrível, pois numa revista com tantos coadjuvantes, o desenhista principal parece nunca ter lido uma HQ da Marvel, pois não se trata apenas de uma arte ruim, mas de cortar características básicas da fisionomia dos personagens, como foi feito com os Vigias ou o Tribunal Vivo.
As aventuras desenhadas por Paul Pelletier ficam bem melhores. Apesar de seu traço ser comum, ele pelo menos representa bem os personagens e faz boas cenas tanto de ação como com diálogos humorísticos.
Outra grande mancada é, novamente, da edição nacional. Este é o quinto volume da Coleção Pocket Panini e, numa mostra de completo desrespeito ao leitor, a editora não se esforçou em nada para corrigir problemas gráficos gravíssimos, como os causados pela encadernação.
Optando pela versão mais barata, não costurando a lombada, a revista não permite que você leia vários diálogos, próximos demais do centro. De todos os números, este foi o pior nesse sentido.
O leitor que quiser ler certos balões será obrigado a forçar a encadernação correndo o risco de desmontar toda a revista.
Se fosse a primeira vez que isso acontece, vá lá, a editora veria o erro e corrigiria o volume seguinte, mas é a quinta vez! E, aparentemente, a Panini não dá sinais de querer mudar a situação.
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