CONAN – ISLAND OF NO RETURN # 1
Editora: Dark Horse Comics - Minissérie em duas edições
Autores: Ron Marz (roteiro), Bart Sears (desenhos), Randy Elliot (arte-final), Mark Roberts (cores) e Michael Kutsche (capa).
Preço: US$ 3,50
Número de páginas: 24
Data de lançamento: Junho de 2011
Sinopse
Em Tarântia, Conan é perseguido pela guarda local após ser flagrado na cama com a esposa de um importante juiz da cidade. Lutando e correndo pela própria vida, é salvo por duas belas ladras.
Ambas, que são irmãs, oferecem ajuda ao bárbaro para escapar da capital aquiloniana em troca de certos favores, envolvendo busca e pilhagem de um misterioso tesouro encravado nas ruínas de um antigo palácio real, no alto de uma ilha rochosa aparentemente assombrada.
Sem nada a perder e tendo muito a ganhar, Conan aceita o desafio.
Positivo/Negativo
Sinopse bastante simples, clara e direta ao ponto. Uma trama modesta à vista, pelo visto, mas que já começa com dois pés esquerdos: um para o texto canhestro, outro (pior) para os desenhos.
É praticamente uma revisão do estilo Marvel que comandou a vida do bárbaro durante a década de 1990, quando sua antiga editora cancelou os dois principais títulos do personagem e o relançou com uma nova roupagem bastante criticada, recheada de enredos pífios.
O início atrai mais pela curiosidade do momento vivido por Conan do que pela qualidade propriamente dita. Como o herói escapará de uma situação dessas, totalmente descomposto e carregando apressadamente suas roupas e armas de qualquer jeito pelos telhados de Tarântia, é o que ainda motiva o leitor a seguir em frente.
Salvo pelo gongo de última hora, o enredo passa a focar na próxima missão de Conan: mais uma busca a algum tesouro antigo e lendário. Nada fora do habitual até o final desta primeira parte, com mais alguém - ou alguma coisa - nas ruínas com o trio de ladrões.
Um gancho pra lá de esperado.
Interessante é ver o comportamento incomum de Conan. Pela arte duvidosa das páginas (e pela estranha feição que apresenta na capa), leva-se a crer que ele já tenha uma boa idade; que seja alguém vivido, experiente e acostumado aos meandros e costumes estranhos da decadente civilização hiboriana.
Ainda assim, não enxerga a verdadeira intenção das duas ladras - que constantemente apelam pra sensualidade -, o que, de fato, se consuma na edição seguinte.
Em várias histórias antigas, inclusive algumas da própria Dark Horse, por muito menos o cimério pensou duas vezes antes de embarcar em algo do tipo.
Como diz a máxima popular: esmola demais até o santo desconfia.
É esperar pra ver o fim disso tudo. Porque, até então, não passa nem perto das melhores histórias que o bárbaro teve lá fora atualmente.
Classificação: