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CONAN, O BÁRBARO # 18

1 dezembro 2003


Título: CONAN, O BÁRBARO # 18 (Mythos Editora) - Revista mensal

Autores: Quando as montanhas caminham - Roy Thomas (argumento), Mike Docherty & Ricardo Villagran (arte);

A estrela e os ratos - Roy Thomas (argumento), Rich Buckler & Ernie Chua (arte);

A Era Hiboriana - Roy Thomas (argumento), Audwyn Newman & Rey Garcia (arte).

Preço: R$ 4,40

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Julho de 2003

Sinopse: Quando as montanhas caminham - Em um ousado ataque à fortaleza do príncipe Borrin, Conan e seus aliados conseguem uma vitória parcial.

Mas o exército de Borrin, agora reforçado por tropas do rei Strabonus, encontra o de Conan numa planície nas terras dos Harangis e usará até o sobrenatural para tentar vencer.

A estrela e os ratos - Após sua aventura com o dragão do mar (edição # 17), Conan decide atravessar o deserto a oeste de Turan.

Em seu caminho, ele encontra um velho moribundo que o guia até a cidade perdida de Ababenzzar. Lá, o bárbaro tem que enfrentar perigos e traições pela posse de um valioso diamante; e descobre que deuses podem assumir muitas formas e que, às vezes, são frágeis quanto os homens.

A Era Hiboriana - Uma crônica ilustrada que recapitula o surgimento dos reinos e povos hiborianos, desde a submersão de Atlântida até a configuração que se estendeu aos dias de Conan.

Positivo/Negativo: Esta edição, que traz uma estonteante capa do mago Earl Norem, mostra a conclusão de Conan, o Renegado, uma adaptação fraquíssima e falha feita por Roy Thomas a partir de um romance de Leonard Carpenter.

Uma das "pisadas na espada" mais gritantes que Thomas já cometeu foi ter "matado" o comandante Amalric (edição # 17, página 10, primeiro quadro).

Afinal, segundo o próprio autor, em Conan o Bárbaro # 53 (Abril Jovem), Amalric se apresenta ao conde Téspides e diz que, às vezes, é chamado de Malthom (página 64, primeiro quadro).

Seguindo a esteira dessa aventura, Amalric (ou Malthom), um comandante de Khorajá, combate, sob o comando de Conan, as hordas de Natohk, o Velado.

Depois, em A Espada Selvagem de Conan # 1, página 12, quarto quadro, Malthom (ou Amalric) diz a Conan que ganhou o Castelo Rubro como presente da princesa Yasmela, de Khorajá, por bons serviços prestados.

Já na cronologia de Conan, publicada em Conan, o Bárbaro # 56, parte XIX, página 54, segundo parágrafo (Abril Jovem), está escrito: "Acompanhado de uma escrava chamada Zuleika, Conan chega ao Castelo Rubro, (...) O atual senhor do castelo é um nemédio chamado Malthom, que serviu sob comando de Amalric como mercenário em Khorajá, na mesma época que o cimério. (Infelizmente, certos pergaminhos antigos confundem Amalric e Malthom, mas já que o primeiro foi morto por magia durante a rebelião do príncipe Borrin de Koth, eles são certamente duas pessoas diferentes)".

Ora, no conto original de Howard, Black Colossus (adaptado para os quadrinhos em Espada Selvagem de Conan # 3), não existe nenhum Malthom, e sim Amalric.

Roy Thomas criou o nome Malthom para a quadrinização do conto. Depois, em Conan, o Bárbaro # 53, ele retoma o personagem original, Amalric, e diz na cronologia que ambos, Malthom e Amalric, são pessoas diferentes.

Pior: o autor matou os dois de forma diferente, já que o Malthom de Espada Selvagem de Conan # 1 foi morto anos depois, como visto em As Assombrações da Torre do Terror (Espada Selvagem de Conan # 121).

Resumindo, Amalric e Malthom são a mesma pessoa; e Roy Thomas fez uma lambança e tanto.

O clássico do mês é A estrela e os ratos, adaptação de um argumento de Michael Resnick, escritor e fã de Conan. A arte, que tem a chancela de Rich Buckler e Ernie Chua (Chan) não deixou a desejar em nada.

A história em si não tem nada de inovadora. Afinal, cidades perdidas, bandidos, mulheres bonitas, demônios, sacerdotes e um bárbaro sem dinheiro, são os componentes básicos da vida pregressa e pouco lauta de Conan. Entretanto, a aventura é bastante criativa e cheia de surpresas.

A curta crônica sobre o surgimento da era de Conan é uma súmula sobre os acontecimentos catastróficos, os desafios naturais e a vontade férrea de alguns homens que deram origem aos povos hiborianos e do oriente, assim como aos bárbaros do norte.

É um tema já saturado nas revistas do cimério, mas bastante útil para a compreensão do mundo pelo qual Conan percorreu com seus pés calçados e empunhou sua espada selvagem e ensangüentada, até o dia em que conquistou sua coroa e um império.

A seção de cartas traz novidades quentíssimas sobre Conan nos Estados Unidos e mostra a arte do novo desenhista do bárbaro, Cary Nord.

Classificação:

4,0

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