Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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CONAN, O BÁRBARO # 19

1 dezembro 2003


Título: CONAN, O BÁRBARO # 19 (Mythos Editora) - Revista mensal

Autores: Fogo na laguna - Roy Thomas (argumento), Mike Docherty & Ricardo Villagran (arte);

O Jardim dos Condenados - Roy Thomas (argumento), John Buscema & Ernie Chua (arte).

Preço: R$ 4,40

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Agosto de 2003

Sinopse: Fogo na Laguna - Conan, o líder dos Companheiros Livres, leva seu exército a uma fuga desesperada pelo deserto após uma batalha com as forças do rei Strabonus.

Alcançando uma laguna salgada, eles seguem em barcos roubados até uma ilha onde o único habitante é um homem chamado Acheron.

Quando a cobiça atiça um dos subordinados de Conan, um demônio de fogo é libertado no mundo dos homens. O terror espreita o bárbaro.

O jardim dos condenados - Em uma aldeia a poucos dias de viagem de Arenjun, a Cidade dos Ladrões de Zamora, Conan resolve passar uma noite de descanso. Seus planos são imediatamente protelados quando ele salva uma garota de um linchamento.

Fugindo da aldeia e adentrando o deserto, o Cimério e a garota, que se chama Zhadorr, encontram alguns bandoleiros e são perseguidos até um oásis. Lá, Conan é subjugado e amarrado para ser vendido como escravo.

Entretanto, verdadeira natureza da garota chamada Zhadorr ainda estava por surgir neste oásis assombrado por uma árvore canibal.

Positivo/Negativo: A revista Conan, o Bárbaro vem evoluindo bastante nos últimos meses e esta edição comprova isso.

Começando pela excelente capa de Alexandre Jubran, passando pelas duas ótimas histórias e concluindo no editorial, na seção de cartas e na entrevista com Cary Nord, o novo artista de Conan nos Estados Unidos.

No índice comentado, que já é parte integrante da revista, o editor abre o renque das novidades e atrações da revista e das "pisadas na espada" do número anterior.

A primeira história, que traz de volta às páginas hiborianas o terrível Devorador de Almas - um personagem criado por Michael Fleischer e que diversas vezes aterrorizou os fãs na década de 1990 - é a recuperação total do definhamento de Roy Thomas na saga anterior, Conan, o Renegado.

O devorador havia sido preso na forma humana de Acheron e abandonado em uma ilha, após seu último confronto com Conan. Agora, ele está de volta para incomodar o bárbaro por algum tempo.

Enquanto o Devorador não dá as caras, o cimério precisa dar provas de sua competência como líder e fazer o que ele menos gosta: preocupar-se com a vida alheia.

Roy Thomas, nesta edição, infelizmente, adicionou uma característica pouco habitual ao bárbaro, a filosofia. Conan está meditando demais nesta aventura, o que é incomum em se tratando dele.

A seção de cartas, que tem um efeito lenitivo sobre os conanmaníacos, traz algumas boas informações sobre o futuro do personagem no Brasil.

Chegando à segunda história - que faz parte dos clássicos de Conan -, há um deslize editorial logo no primeiro quadro, onde está escrito: "(...) a sete dias de viagem de Zamora, a fabulosa cidade dos ladrões." Zamora, na verdade, é um país! O correto seria: (...) a sete dias de viagem de Arenjun, a fabulosa cidade dos ladrões de Zamora." Uma informação: Arenjun, pronuncia-se como Areniun.

Obviamente, isso não tira o mérito da história em si. Aliás, esta é uma das melhores aventuras de Conan, apesar de sua receita ser simples, ou seja, mulheres em apuros, perseguição, luta com bandidos e lugares amaldiçoados.

A inovação está no fato de a garota ser uma espécie de vegetal, que se alimenta de água e age como uma sacerdotisa de uma árvore viva. Todavia, essa não foi a primeira e nem a última planta canibal que Conan já enfrentou.

Concluindo, há o adendo da Fonte Hiboriana referente a Conan, o Bárbaro # 1 (da Mythos) e às capas originais das histórias que compuseram a primeira edição.

E, como surpresa final, a publicação da mais recente entrevista com Cary Nord, na qual ele comenta suas expectativas em relação à nova revista do personagem, da Dark Horse.

Destaque também para as duas magníficas ilustrações do final da revista: Sonja, por Esteban Maroto e Conan, por Dorian Vallejo, o filho de Boris Vallejo.

Classificação:

4,0

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