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CONAN, O BÁRBARO # 21

1 dezembro 2003


Título: CONAN, O BÁRBARO # 21 (Mythos Editora) - Revista mensal

Autores: Festim das Almas - Roy Thomas (argumento), Mike Docherty & Ricardo Villagran (arte);

O Preço da Traição - Roy Thomas (argumento), Esteban Maroto, Neal Adams & Ernie Chua (arte);

A Maldição do Morto-Vivo - Roy Thomas (argumento), John Buscema & Pablo Marcos (arte).

Preço: R$ 4,40

Número de Páginas: 64

Data de Lançamento: Outubro de 2003

Sinopse: Festim das Almas - Perdido em outra dimensão, Conan enfrenta demônios de tentáculos enquanto Isparana e os Companheiros Livres estão sob o jugo do Devorador de Almas.

Mais por instinto do que por qualquer outra razão o cimério consegue retornar ao Vale das Trevas; mas traz consigo os demônios que enfrentava. É neste ponto que sua batalha final contra o Devorador tem início; e seu desfecho é eletrizante.

O Preço da Traição - Sonja, a ruiva, retorna de sua missão em Makkalet (edição # 2) e pretende receber seu pagamento.

Entretanto, a palavra de um rei nem sempre é interpretada como deveria ser, e a guerreira hirkaniana se vê obrigada a tomar medidas extremas.

A Maldição do Morto-Vivo - De volta a Arenjun, a cidade dos ladrões de Zamora, Conan se envolve em uma contenda e acaba recebendo o auxílio de Sonja, a Ruiva.

Ambos encontram o cadáver de um feiticeiro que havia sido decapitado naquela manhã, mas seguem para uma taverna, onde relembram suas aventuras.

Traídos por uma meretriz, os dois enfrentam os guardas da cidade e descobrem que a morte, na Era Hiboriana, não é definitiva. Pelo menos para alguns...

Positivo/Negativo: Esta edição especial está sublime. Começando pela portentosa capa do mestre John Buscema, que mostra seu talento de uma forma pouco vista: a pintura. Aliás, essa arte já ilustrou a capa de A Espada Selvagem de Conan # 2.

A conclusão da saga do Devorador de Almas foi muito simplória. Roy Thomas parece sempre esquecer que os homens da Era Hiboriana eram fortes e destemidos.

Ora, se Conan sozinho pôde enfrentar e derrotar o Devorador, não seria lógico que os Companheiros Livres restantes pudessem fazer o mesmo juntos? Poderiam ao menos ter resistido de forma mais convincente. Às vezes, o roteirista endeusa demais alguns personagens numa história; e os torna simples covardes em outra.

A aventura solo de Sonja, por sua vez, é um clássico sem precedentes, uma aula de arte e talento dos mestres Esteban Maroto e Neal Adams. Vemos a ruiva linda, sensual e mortífera.

Em A Maldição do Morto-Vivo, adaptada de um conto de Robert E. Howard (o criador de Conan), temos o segundo encontro do bárbaro e Sonja, numa aventura bem tramada e desenhada como poucas. Se você duvida, confira a arte dupla nas páginas 52 e 53.

Como petiscos para os conanmaníacos, o prestativo editor Fernando Bertacchini publicou três belos desenhos de Sonja, feitos por dois monstros sagrados: Esteban Maroto e John Byrne.

Como fonte de aprofundamento e conhecimento, há mais uma Fonte Hiboriana Especial, na qual Roy Thomas explica, de novo, como se deu a adaptação de Sonja para a Era Hiboriana e sua correria para lançar o primeiro número da revista The Savage Sword of Conan (A Espada Selvagem de Conan).

A edição não traz a famosa Taverna Hiboriana, o ponto de encontro dos conanmaníacos com a editora.

Como nada neste mundo é perfeito, a revista apresentou alguns deslizes, que vinham desaparecendo gradualmente nas últimas edições. São eles:

Página 16, primeiro quadro - a palavra "ssedutoramente" está escrita com um "S" a mais.

Página 34, primeiro recordatório - "O Malho: um bairro de ruas tortuosas e infestadas de malfeitores em Zamora, a cidade dos ladrões." Como se sabe, Zamora é um país, e não uma cidade. Assim, o correto seria: "O Malho: um bairro de ruas tortuosas e infestadas de malfeitores em Arenjun, a cidade dos ladrões de Zamora." Por sinal, este erro já havia sido cometido na edição # 19 de Conan, o Bárbaro.

Página 46, segundo quadro - "Essa meretriz descobriu minha força era o dedo do anel..." Faltou um "que" depois de "descobriu".

Página 47, nono quadro - "Como eu poderia sentir ciúme... quando nem sei a sua acompanhante é uma mulher..." Faltou um "se" depois de "sei".

Página 51, segundo quadro - "senão meu bichinho terá muitos refeições..." O correto seria "muitas".

Claro que, perante tantas beldades hiborianas, esses deslizes passam despercebidos, mas é bom evitá-los? O jeito é relevá-los e apreciar Sonja, Isparana, as garotas do harém do rei Ghaniff, de Pah-Dishah, e as meretrizes de Arenjun, que são um colírio para os olhos.

Classificação:

4,0

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