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CONAN, O BÁRBARO # 28

1 dezembro 2004


Autores: O Mastim Negro da Morte - Roy Thomas (argumento),
Mike Docherty & E. R. Cruz (arte);

A Maldição do Feiticeiro - Parte Final: Homem Nascido dos Demônios
- Roy Thomas (argumento), John Buscema & Dick Giordano (arte);

A Jornada Para Shondakar - Roy Thomas (texto) & Pablo Marcos (arte).

Preço: R$ 4,40

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Junho de 2004

Sinopse: O Mastim Negro da Morte - A força da recordação:
Conan relembra um dos mais terríveis acontecimentos de sua juventude,
quando se deparou pela primeira vez com Grimm, o atual comandante das
tropas turanianas que avançam pelas estepes dos kozakis.

O jovem bárbaro está em uma missão urgente, determinado a avisar dois
conterrâneos sobre uma incursão picta pelas florestas da Ciméria.

No caminho, esbarra em um moribundo retalhado (um dos homens a quem ele
procurava) e dois viajantes - Hakar e Glorana - de outra tribo ciméria.

O trio chega à cabana de Svenno, o tio de Glorana, um dos homens que Conan
procurava.

Todavia, Svenno é vítima de um drama do passado, uma lembrança que o atormenta
há anos e que agora se materializa na forma de um vingador demoníaco que
o espreita na escuridão; e Conan acaba envolvido com esses terríveis acontecimentos.

Homem Nascido dos Demônios - Conan chega a Alkarion, capital da
província de Phalkar, levando um presente ao rei-fantoche Unos.

Após várias intrigas, Unos e Samandra se aliam para exterminar Belthamquar
e Thalkalides.

Conan e Stefanya seguem para Ravengard, para recuperar o corpo do mago
Zoqquanor e são alcançados por Unos que, em sua arrogância, confessa ter
matado Samandra (ou Lupalina).

Conan, furioso, mata Unos. Stefanya é libertada de seu vínculo com Zoqquanor,
e agora tem sua ascendência ao trono garantida. Porém, Conan recusa de
forma cortês o convite de ser seu consorte.

A Jornada Para Shondakar - Poema ilustrado que mostra Conan salvando
uma donzela de uma raça de homens-falcão e enfrentando outra de homens-leopardo.

Positivo/Negativo: João Silveira está de volta às capas de Conan,
o Bárbaro
, trazendo consigo seu estilo violento e mais adequado ao
mote hiboriano.

O índice, em vez dos comentários habituais traz uma explicação do editor
da revista sobre os motivos da famigerada distribuição setorizada, que
vem causando furor em todo o Brasil (não apenas entre os fãs de Conan).

Na seqüência, na seção Fonte Hiboriana, Roy Thomas (sempre ele,
claro) conta como foi feita a adaptação do conto O Mastim Negro da
Morte
(que dá título à primeira história). Sem dúvida, um lúdico e
empírico momento.

Daí, começa a aventura em si, e o leitor vê um Conan jovem e audacioso
enfrentar pictos e homens deformados e sair ileso com uma bela garota.

Mais adaptado ao trabalho de Docherty, E. R. Cruz conseguiu impor um pouco
mais do seu próprio e deslumbrante estilo, conferindo às cenas uma dramatização
ímpar. E uma das seqüências mais instigantes é a que Conan estripa seu
adversário com os chifres de seu elmo (página 16, primeiro quadro).

No glossário A Era Hiboriana de A a Z, destaque para Aquilônia
e Argos; e no Mapa Hiboriano, o leitor "cai" em pleno palácio real,
na cidade de Alkarion.

Na parte final de A Maldição do Feiticeiro, uma clássica aventura
dos tempos dourados da Era Hiboriana, Conan está à beira da morte.

O fim da saga foi como deveria ter sido, mas um ponto de interrogação
se instalou na aventura desde seu início. Afinal, para que serviu o feiticeiro
Zoqquanor, em toda esta história, a não ser para ser carregado?

Para encerrar, o poema ilustrado de Thomas e Marcos, que não acrescenta
e nem subtrai à edição, a não ser, talvez, pelas delineadas curvas da
donzela em jogo.

Classificação:

4,0

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