Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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CONAN, O BÁRBARO # 29

1 dezembro 2004


Título: CONAN, O BÁRBARO # 29 (Mythos Editora) - Revista mensal

Autores: As Garras de Nergal - Roy Thomas (argumento), Mike Docherty e E. R. Cruz (arte);

O Altar e o Deus-Escorpião - Roy Thomas (argumento), John Buscema e Tom Palmer (arte).

Preço: R$ 4,40

Número de páginas: 48

Data de Lançamento: Julho de 2004

Sinopse: As Garras de Nergal - Conan e seus comandados, uma força-tarefa composta por Companheiros Livres e Kozakis, são emboscados por montanheses e durante a peleja uma gigantesca mão espectral surge em cena para terror de todos.

Trata-se da Mão de Nergal, a personificação de um demônio que Conan enfrentou no passado (Conan, o Bárbaro # 9, da Mythos).

Intrigado, o cimério parte com sua corte para Yaralet, onde pretende interpelar o soberano da cidade, o Rei Thann, outrora um príncipe elevado ao trono com a ajuda de Conan.

Mas o bárbaro descobre que não é bem-vindo em Yaralet e, de quebra, reencontra um velho amigo vanir.

O Altar e o Deus-Escorpião - Em busca de uma guerra com a qual possa se ocupar, Conan segue para a Nemédia, onde ele e uma garota acrobata chamada Tara de Hanumar salvam uma criança de um búfalo em disparada.

Pouco depois, o bárbaro encontra o velho amigo Murilo de Coríntia, que formou a Companhia Escarlate, um grupo de soldados mercenários. Agora como segundo-em-comando do bando, o cimério parte para Ophir.

Nas ruínas de uma cidade nas montanhas, abandonada desde a época do Rei Kull, eles enfrentam um enorme escorpião de cristal - e descobrem o anel da sombra negra, que já foi propriedade do feiticeiro Thuron no período pré-cataclísmico.

Mas logo após partirem, os soldados que foram deixados guardando o anel são devorados pela sombra negra humanóide que emerge dele.

Positivo/Negativo: A capa de Bob Larkin, apesar de não ser inédita - já que abriu a edição 70 de A Espada Selvagem de Conan (agosto de 1990) - é bem propícia a este número de Conan, o Bárbaro. A gigantesca mão estendida sobre a donzela em apuros bem poderia passar-se pela de Nergal.

Somente o antagonista do cimério, um homem em capa vermelha e com uma lâmina pontiaguda no lugar da mão direita, se encontra deslocado em relação ao conteúdo da história inédita da edição. Trata-se, porém, de Bor'Aqh Sharaq, um ex-capitão baracho deposto por Conan, que se tornou seu inimigo mortal.

Sharaq fez parte de um bom ciclo de histórias da ESC no qual tentava todo tipo de peripécias para liquidar o Gigante de Bronze (ou cão cimério, como ele costumava chamar Conan).

Após a leitura do tradicional índice comentado, o leitor tem a chance de aprimorar seus conhecimentos hiborianos com a tempestiva ajuda de Roy Thomas em sua Fonte Hiboriana.

As quatro primeiras páginas da aventura inédita são uma boa oportunidade para uma pergunta que intriga a muitos: por que Mike Docherty desenha o interior da boca dos personagens como se estivessem cheios de baba e saliva espessa?

Em seguida, mais uma Fonte Hiboriana, em que Thomas dá explicações sobre as dificuldades de se fazer adaptações de contos para os quadrinhos.

Por fim, há a estréia da saga O Escorpião e a Sombra, uma das mais sérias aventuras já publicadas em Conan, o Bárbaro.

Para satisfação dos leitores, a edição vem com o caprichado fichário A Era Hiboriana de A a Z, desta vez com informações sobre armas e armaduras da época, Atlântida e a Era Pré-Cataclísmica, com ilustrações de Gary Kwapisz e Geof Isherwood.

Aliás, um dos grandes diferenciais na inevitável comparação entre a Mythos e a Abril Jovem é essa preocupação da atual editora em fornecer sempre informações aos leitores, seja por meio de índices comentados, seções de cartas ou matérias especiais, coisa que a antecessora só fez em meados da década de 1980 e início da de 1990.

Classificação:

4,0

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