CONAN, O BÁRBARO # 32
Título: CONAN, O BÁRBARO # 32 (Mythos Editora) - Revista mensal
Autores: Um Cimério na Corte do Rei Kull - Roy Thomas (argumento), Mike Docherty e E. R. Cruz (arte);
A Era Hiboriana: Capítulo I - Roy Thomas (Texto) e Walt Simonson (arte);
A Torre das Brumas - Roy Thomas (argumento), John Buscema e Pablo Marcos (arte).
Preço: R$ 5,70
Número de páginas: 56
Data de Lançamento: Outubro de 2004
Sinopse: Um Cimério na Corte do Rei Kull - A mais famigerada dupla de todas as eras, Conan e Sonja, aparece magicamente em plena Cidade das Maravilhas, capital da Valúsia, nos tempos do Rei Kull.
Capturados pelos Guerreiros Vermelhos, fiéis integrantes da guarda do palácio, os dois são levados ao calabouço e descobrem que não estão ali por acaso, pois Kull está desaparecido e o cimério deve tomar o seu lugar.
A Era Hiboriana: Capítulo I - Como e, principalmente, o que era o Período Pré-Cataclísmico? Roy Thomas e Walt Simonson respondem a esta pergunta neste capítulo adaptado de um ensaio de Robert E. Howard.
A Torre das Brumas - Conan, acompanhado do casal de jovens Tara e Yusef, encontra uma estranha cidade em um caminho pouco usado entre Ophir e Argos.
Lá, eles vivem uma estranha e mortal aventura, povoada por homens semi-vivos, um demônio alado e uma mulher encantadora.
Positivo/Negativo: Earl Norem é o nome do artista que assina a capa desta excelente edição de Conan, o Bárbaro. Esta arte apareceu pela primeira vez por aqui em agosto de 1995, ilustrando a capa de A Espada Selvagem de Conan # 129, da Abril, no saudoso tempo em que ler as aventuras do cimério custava apenas R$ 1,80. Curiosamente, a primeira história da edição mostrava mais uma beldade hiboriana: Valéria.
O enredo da trama na Cidade das Maravilhas, na longínqua era pré-cataclísmica, muito antes dos oceanos revoltos tragarem a Atlântida, é inusitado: os asseclas do rei Kull, em seu desespero para iludir o povo sobre o sumiço do soberano, fazem uso da semelhança física entre Conan e Kull, para pôr o gigante cimério sentado no Trono de Topázio.
A arte, que continua sob a tutela de Docherty e Cruz, só falhou em um ponto: explorou pouco ou quase nada da arquitetura pitoresca da Cidade das Maravilhas.
Aliás, este é o estilo de Docherty: o enfoque no ser humano, deixando o pano de fundo em um distante segundo (ou terceiro) plano. Mas nesta aventura poderia ter mostrado a amplidão da famosa capital de Valúsia.
Ao que parece, Roy Thomas tem a fantasia secreta de ver Sonja em trajes de dançarina (vide O Preço da Traição, em Super Aventuras Marvel # 20 e ESC # 48). É o que ocorre no fim da história, quando a ruiva surge em trajes bem sensuais, longe daquele sem graça criado por Docherty.
Para quem gosta de matar saudades, a edição está perfeita. Afinal, não é sempre que se tem a chance de apreciar uma arte tão marcante quanto a de Walt Simonson no curto Capítulo I do ensaio A Era Hiboriana (visto pela primeira vez na ESC # 5, de janeiro de 1985). São apenas seis páginas, mas elas encerram cenas colossais de batalhas, cidades, povos e tragédias.
Logo após uma rápida vista no mapa hiboriano e na galeria de capas de Conan the Barbarian, o leitor acompanha Conan, Tara e Yusef, na clássica A Torre das Brumas (vista há dez anos em Conan Saga # 8, de novembro de 1994, da Abril Jovem).
Pablo Marcos, o arte-finalista desta história, podia ter aparecido mais vezes nas páginas hiborianas, pois é muito bom. Sua finalização, ao menos sobre o traço de Buscema, é bárbara, rústica e selvagem; isso sem contar seu talento para desenhar mulheres, que lembram o corpo sensual das brasileiras.
Para completar, mais fichários de A Era Hiboriana de A a Z.
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