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CONAN, O BÁRBARO # 36

1 dezembro 2005


Título: CONAN, O BÁRBARO # 36 (Mythos
Editora
) - Revista mensal
Autores: A Queda de Python - Roy Thomas (argumento), Mike Docherty e E. R. Cruz (arte);

O Senhor dos Leões! - Roy Thomas (argumento), John Buscema e Steve Gan (arte);

Morte Entre as Ruínas! - Roy Thomas (argumento), John Buscema e Steve Gan (arte).

Preço: R$ 5,70

Número de páginas: 56

Data de Lançamento: Março de 2005

Sinopse: A Queda de Python - Na seqüência final das viagens atemporais de Conan e Sonja, a dupla de guerreiros hiborianos surge na capital do império ancestral de Acheron, Python, e se envolve com rebeldes locais.

Enquanto Conan segue numa missão forçada de assassinato para os rebeldes, Sonja escapa de seu destino de refém e acaba cara a cara com o famigerado Xaltotun, o sacerdote de Set.

Ambos enveredam por aventuras tortuosas até se reencontrarem e, mais uma vez, serem arrebatados pelo portal do tempo, dessa vez, aparentemente, de volta à Era Hiboriana.

O Senhor dos Leões! - Amra filho de um lorde aquilônio que foi abandonado na Costa Negra, cresceu comandando os grandes felinos, especialmente um leão negro conhecido como Sholo, e deseja Bêlit como sua companheira.

Em um ataque de ciúmes, sua antiga amante, Makeda, princesa da tribo do Falcão da Lua Cheia, liberta gnomos aprisionados há eras para que matem Bêlit.

Morte Entre as Ruínas! - Chegando ao local, Conan enfrenta esses habitantes das trevas. Em seguida, como Amra não deseja abrir mão de Bêlit, o bárbaro é obrigado a enfrentar o Senhor dos Leões!

Positivo/Negativo: João Silveira, que não produzia uma capa para a revista desde a edição 28, voltou com carga total nesta arte que lembra as pinturas de capa das edições 12 (Earl Norem), 82 e 100 (Joe Jusko) de A Espada Selvagem de Conan (extinta revista da Abril Jovem).

O grande destaque da aventura vai para a aparição de Xaltotun, um mago que atormentou o reinado de Conan em A Hora do Dragão (Conan Rei # 1, Abril Jovem, de fevereiro de 1990), numa saga em que, utilizando uma gema mística conhecida como o Coração de Ahriman, quatro homens ambiciosos e conspiradores - Orastes, ex-sacerdote de Mitra; Amalric, barão de Tor; Tarascus, o irmão mais jovem do Rei Nimed da Nemédia, e Valerius, pretendente ao trono da Aquilônia - devolveram à vida Xaltotun, o feiticeiro da antiga e maligna Acheron (que aparece nesta edição), para que os ajudassem a tomar o trono da Aquilônia, ocupado pelo Rei Conan, usurpador sem herdeiros da coroa.

O que não é mostrado nesta edição é que Xaltotun foi morto quando o Coração foi roubado e usado contra ele.

Outro item interessante é a afirmação que Roy Thomas fez nesta A Fonte Hiboriana, na qual disse que na história Black Colossus (Colosso Negro), o Império de Acheron não é "citado nominalmente".

Ora, segundo o leitor Fernando Neeser de Aragão, de Salvador, Bahia, no início da página 124 de Conan - Espada e Magia # 2 (livro de bolso publicado pela editora Unicórnio Azul em meados da década de 90), há uma citação ao Império de Acheron.

A arte da dupla Docherty e Cruz continua estéril, sempre focada na figura humana e com cenários pobres e inexpressivos.

Nas duas seqüências clássicas, ilustradas pelo saudoso John Buscema, a importante revelação da origem da alcunha pela qual Conan ficou conhecido na Costa Negra: Amra, o Leão.

Curiosamente, no conto original de Robert E. Howard, A Rainha da Costa Negra (maio de 1934; publicado por aqui em Conan - Espada e Magia # 4), não há menção ao fato de Conan às vezes ser chamado de Amra. Mas este é citado muitas vezes em Os Tambores de Tombalku, de Howard e De Camp.

Portanto, concluí-se que essa origem do primeiro Amra, o aquiloniano criado em meio aos leões, foi mais uma idéia genial de Roy Thomas, que, aliás, usou alguns conceitos do relato sobre o filme perdido de Conan, Blood and Ice (Sangue e Gelo), para caracterizar a Cidade dos Leões apresentada nesta aventura.

Esse relato do filme perdido, um projeto ultra-secreto de Robert Howard e Willis O'Brien, (que foi designer de produção de King Kong, em 1934), pode ser conferido em A Espada Selvagem de Conan # 127, de junho de 1995.

 

Classificação:

4,0

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