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CONAN - O BÁRBARO # 4

1 dezembro 2001

Conan, o bárbaro #4Título: CONAN - O BÁRBARO # 4 (Mythos Editora) - Revista mensal

Autores: A Torre da Maldição - Larry Hama (texto) e Doug Wheatley (arte);
O Homem de Ferro - de Larry Hama (texto) e Bret Blevins (arte).

Preço: R$ 3,90

Data de lançamento: Junho de 2002

Sinopse: A Torre da Maldição - Retornando de suas andanças nas montanhas geladas de Vendhya, Conan adentra uma cidade amaldiçoada, onde mortos-vivos criados pela magia se levantam para devorá-lo.

Durante o confronto com os desmortos, o cimério ganha a ajuda inesperada de uma sacerdotisa e seus acólitos, que repelem os mortos-vivos.

À menção de ouro, o bárbaro aceita uma perigosa missão: adentrar a torre de um necromante, responsável pelo surgimento dos mortos-vivos, e matá-lo.

A partir daí, desenrola-se uma seqüência já muito conhecida: Conan invade a torre, liquida seus inimigos e ganha uma bela recompensa, além do ouro, claro.

O Homem de Ferro - Em uma região qualquer, Conan toma parte do exército de um duque qualquer, e perde uma batalha contra um inimigo de um castelo qualquer.

Todavia, seu inimigo não é nada comum. Trata-se do Homem de Ferro: um gigante em armadura que liquida todos os companheiros do cimério, poupando apenas o bárbaro, que é levado a um castelo feudalista.

Lá, o cimério é tratado como um valoroso guerreiro, com vinhos, guloseimas e belas mulheres à disposição. Os senhores do castelo, Ragallo e Rowena, irmão e irmã, se apresentam ao bárbaro e se mostram interessados por sua força e coragem, principalmente a mulher.

O castelo é novamente atacado por uma força inimiga, e o Homem de Ferro vence mais uma vez. Pouco depois, Conan finalmente descobre quem vestia a armadura, e acaba se envolvendo num fratricídio.

Positivo/Negativo: Esta edição traz duas histórias inéditas, numa válida tentativa da editora em atrair mais leitores, que andam um pouco sumidos. Ambas têm argumento do instável Larry Hama, que ora escreve bem, ora não.

A capa continua sob a tutela de Alexandre Jubran, que em nada fica devendo aos mestres americanos, embora essa última tenha sido um pouco simplória.

A qualidade gráfica (em tons de cinza) está boa, visto que as histórias originais eram coloridas.

A história A Torre da Maldição foi uma decepção do ponto de vista criativo. Conan já deve ter invadido um sem-número de torres habitadas por magos, e enfrentado uma quantidade bem maior de mortos-vivos.

Já em O Homem de Ferro, o argumento está melhor, com um pouco mais de criatividade, embora o crédito maior deva ser dado a Bret Blevins, desenhista bastante conhecido por seu belo trabalho com os Novos Mutantes (os substitutos eventuais dos X-Men), e que nos agraciou com belas mulheres nesta aventura.

Cabe aqui a observação de um erro grosseiro do argumentista Larry Hama: até onde se saiba, os pictos (inimigos naturais dos cimérios) não "agradam" ou "regalam" seus prisioneiros antes de esfolá-los até a morte.

Os pictos são bárbaros grotescos, desprovidos de qualquer tipo de compaixão ou engodo para com seus inimigos. Eles atacam, matam e esfolam, e é só.

Por isso, retifico aqui o que disse sobre Hama na última resenha: "Bem ao estilo do argumentista Larry Hama, cujos textos são rápidos, mas de um conteúdo lógico, mais presos ao sentido da Era Hiboriana".

Classificação:

4,0

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