Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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CONAN - O BÁRBARO # 5

1 dezembro 2001

Conan, o bárbaro #5Título: CONAN - O BÁRBARO # 5 (Mythos Editora) - Revista mensal

Autores: O Momento do Grifo - Roy Thomas (texto) e John Buscema (arte);
Matando Deus - Dan Abnett (roteiro) e Joe Bennett (desenho).

Preço: R$ 3,90

Data de lançamento: Julho de 2002

Sinopse: O Momento do Grifo - Após matar Kharam-Akkad, Conan é obrigado a enfrentar os soldados turanianos - que finalmente tomam Makkalet - para salvar a vida da Rainha Melissandra.

Conan acaba descobrindo, em sua fuga pelo palácio, que o deus-vivo Tarim não era exatamente o que ele pensava. Mas, como toda divindade que vive na Terra, Tarim também é suscetível às fragilidades terrenas.

Ainda durante a fuga, o bárbaro descobre um outro horror que guarda os labirintos subterrâneos de Makkalet, até que, finalmente, consegue lançar-se sobre um cavalo e partir para o sul.

Matando Deus - Adentrando as florestas pictas no comando de um destacamento zíngaro (pelo menos foi o que deu pra entender), na intenção de extrair madeira, Conan acaba perdendo quase todos os seus homens durante uma escaramuça picta.

Para escapar da morte, o cimério se atira no rio negro e por pouco não se afoga, arrastado que foi pelas correntezas impiedosas. Um batedor de seu destacamento acaba salvando-o da morte certa retirando-o das águas.

Como Conan não leva desaforo para casa, ele junta os homens que sobraram e parte em busca de vingança. O objetivo: derrubar uma certa árvore, que é sagrada para os pictos.

Positivo/Negativo: A edição tem em seu início a continuação e conclusão da magnífica saga do Cerco de Makkalet e, logo em seguida, uma história inédita com arte de Joe Bennett, um dos brasileiros que fazem sucesso nos Estados Unidos.

A capa de Alexandre Jubran está bem melhor que a última, apesar de o desenho ter sido feito sobre a arte de outro artista (que não foi possível identificar). Mas isso não importa. A verdade é que o brasileiro está dando conta do recado. Nessa edição, seu estilo está bastante parecido com o de Joe Jusko, uma fera do pincel que já ilustrou inúmeras capas de Conan.

A qualidade gráfica variou um pouco. A primeira história está excelente, proporcionando uma boa definição de fundos e personagens. A segunda, por ser colorida no original, está muito confusa nos tons de cinza; o que dificulta o entendimento da ação.

É estranho que os erros gramaticais ainda estejam ocorrendo nos textos dos quadrinhos. Este assunto já foi até comentado pelo próprio editor da revista, em editorial recente, no qual ele prometia que tais equívocos não aconteceriam novamente. Bom, aguardemos um pouco mais...

Ah, só para constar, o desenho publicado na Galeria Hiboriana é de Rafael Kayanan.

Na história O Momento do Grifo, depois de longos dois meses, finalmente, a dupla mágica Thomas & Buscema retorna às páginas hiborianas. E, desta vez, para a conclusão da grandiosa saga de Makkalet, que introduziu personagens marcantes na carreira do Cimério, como Sonja e Yezdigerd.

O cerco a Makkalet durou, aproximadamente, três meses (na contagem hiboriana) e envolveu o uso da maior armada a cruzar águas nos dias de Conan.

Turan, em sua sede de conquistas - e impulsionada pela gana impulsiva do príncipe Yezdigerd - iniciou um ciclo de campanhas beligerantes nos sentidos leste-oeste-sul, e Makkalet foi apenas a primeira a cair.

Matando Deus poderia até ser uma boa história, não fossem alguns pequenos detalhes: a ação é descontinuada e confusa, repleta de "um dia antes" e termos do gênero.

Dan Abnett até que tem estilo, mas, como a maioria dos argumentistas de Conan, ele parece entender pouco da era, dos povos e da geografia hiborianas.

A arte de Joe Bennet até que não está ruim, mas o Conan está parecendo mais o "Gambit, dos X-Men" do que um bárbaro da Ciméria, e aquele rabo-de-cavalo ficou ridículo.

Entretanto, mais uma vez, devemos levar em conta o fato de a história original ter sido feita para receber cores, e que a arte sofre modificações no processo de digitalização e impressão em preto e branco (tons de cinza).

Mesmo assim, profissionalmente falando, é muito bom vermos Conan desenhado por um brasileiro, pois sabemos que temos muitos talentos por aqui, bem melhores do que muitos americanos e latinos que vemos por aí.

Classificação:

4,0

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