CONAN - O BÁRBARO # 6
Título: CONAN - O BÁRBARO # 6 (Mythos Editora) - Revista mensal
Autores: A Queda Divina - Dan Abnett (texto), Joe Bennett (desenhos) e Tom Palmer (arte-final);
O Sangue de Bel-Hissar - Roy Thomas (roteiro), John Buscema (arte) e Ernie Chua (Chan) (arte-final).
Preço: R$ 3,90
Data de lançamento: Agosto de 2002
Sinopse: A Queda Divina - A conclusão da incursão de Conan às florestas pictas.
Conan, além de guerreiro e ferreiro, agora descobriu uma nova profissão: madeireiro. A história se resume no esforço sobre-humano (um exagero) do bárbaro e seus homens para derrubar a Árvore Sagrada dos pictos.
No fim, como não poderia ser diferente, Conan escapa com vida, tornando-se uma maldição ainda maior para os simiescos guerreiros pictos.
O Sangue de Bel-Hissar - Dirigindo-se para o sul, após a derrocada de Makkalet, Conan esbarra com um casal muito estranho.
Perseguidos por soldados turanianos, o trio adentra a fortaleza proscrita de Bab-El-Shaitan, onde bandidos e assassinos, de toda espécie e raça, reúnem-se para formular planos próprios de suas estirpes.
O corpulento líder dos bandidos possui uma jóia amaldiçoada que o mantém no poder em Bab-El-Shaitan. No entanto, para malogro seu, o rumo dos acontecimentos muda com a chegada do trio de forasteiros, e a cidadela maldita acaba inundada em sangue.
Traições, ardis e violência são o combustível dessa envolvente trama vivida pelo gigante de bronze.
Positivo/Negativo: Esta edição manteve o nível da anterior, ou seja, uma história boa e outra ruim.
Capa e impressão boas e a insistência nos erros gramaticais (o letrista "engoliu" algumas letras).
Sobre a capa, uma observação: os créditos foram para o Jubran, e não para o Hermes, que assinou a arte (excelente, por sinal).
Mas esses deslizes não importam muito, pois as virtudes da editora são muitas. Um exemplo é a notícia de que, finalmente, teremos as histórias das tiras de jornal publicadas na próxima edição. O que é, realmente, uma grande conquista.
Outro ponto a favor da Mythos é a seção de cartas, bastante ampla e elucidativa.
Em A Queda Divina, o argumentista está pior do que antes. Não inovou em nada, e deu um final pífio para a história. Os exageros - coisa típica dos americanos - foram muitos, inclusive nos desenhos de Benett. Nem a arte-final de Tom Palmer conseguiu dar jeito na coisa.
Já O Sangue de Bel-Hissar, adaptada de um conto de Howard, vem provar o porquê do sucesso de Conan na década de 1970.
Roy Thomas, que foi um dos mais talentosos argumentistas daquela época, não poupava esforços para manter a qualidade de suas histórias; e John Buscema (que Crom o tenha), com seu lápis mágico, estava em seu auge absoluto, acompanhado pelo nanquim de traço duro do então Ernie Chua (que viria a se tornar Ernie Chan - que Crom olhe por ele também).
Essa receita de argumento e arte jamais poderá ser copiada. Nem o próprio Thomas conseguiu voltar a ser o mesmo, quando de seu retorno às páginas hiborianas (1991), apesar de sua qualidade, e carisma, terem sido mantidos.
Apesar de parecer nostalgia, é muito difícil comparar as histórias antigas de Conan com as mais recentes, porque as primeiras sempre vencem.
Essa é a desvantagem dos fãs de Conan. Ao contrário dos heróis da Marvel, que se mantêm num patamar mais ou menos nivelado, o bárbaro teve um início muito bom, mudou para excelente, decaiu, levantou-se e, infelizmente, foi à lona. Uma pena. Mas ainda resta esperança...
Cabe aqui uma observação a respeito da posição de Conan, o Bárbaro nas bancas. A revista nunca está em grande exposição, ficando sempre por trás de algum outro título.
Muitos leitores têm se queixado que sequer sabiam do retorno do bárbaro às bancas. E como poderiam, se as revistas ficam escondidas?
Se a Mythos pretende ampliar suas vendas do título hiboriano, é bom que oriente seu distribuidor, para que incentive os donos de bancas a darem espaço visível à revista do Conan.
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