CONAN, O CIMÉRIO # 14
Título: CONAN, O CIMÉRIO # 14 (Mythos
Editora) - Revista mensal
Autores: O Íbis e a Serpente - Kurt Busiek (roteiro), Cary Nord, Tom Mandrake e Thomas Yeates (arte).
Preço: R$ 4,90
Número de páginas: 24
Data de Lançamento: Maio de 2005
Sinopse: Na cidade de Hanumar, Kalanthes, Conan e Janissa têm seu confronto final com Thoth-Amon e seu demônio. O trio enfrenta os cidadãos que estão completamente dominados pela magia do feiticeiro e chegam a uma praça, onde a batalha tem seu ápice.
Enquanto Kalanthes usa seus poderes para deter o avanço do monstro-Thoth e Janissa invoca a presença de um deus ancestral, usando a jóia denominada Olho de Tik-Pulonga, Conan adentra o próprio monstro, cortando e dilacerando com sua espada, ao mesmo tempo em que seu corpo é retalhado pelos insetos do demônio.
Positivo/Negativo: Leinil Francis Yu, o responsável pela angustiante capa desta edição, empresta à arte uma sensação de impotência ao ilustrar Conan indefeso, preso por insetos e galhos, diante de uma espada quase ao seu alcance e, no entanto, sem poder tocá-la para se libertar.
Contudo, ao virar a página, a sensação de impotência desaparece, pois Conan, empunhando sua espada, não se mostra nada indefeso.
Apesar do confronto entre duas forças oriundas da magia, é a determinação de Conan que se torna o diferencial na batalha. Mais uma vez, ele prova que não deve ser subestimado.
A arte da revista continua excelente. Tom Mandrake finalizou apenas seis páginas, 17 a 22, enquanto Yeates concluiu as outras. Nesta edição, infelizmente, não há as sarcásticas aventuras de Bob Cano-Duplo.
Cabe aqui um adendo sobre a cronologia de Conan: de acordo com Robert E. Howard, no conto A Torre do Elefante (Conan - Espada e Magia # 1, da Unicórnio Azul, e Conan, o Cimério Vol. 1, da Conrad), o bárbaro parecia ter - antes de conhecer Zamora e depois de ter passado pela Nemédia - estado na Aquilônia e em Koth.
Na página 100 de Conan, o Cimério Vol. 1, ao falar da relação entre o bárbaro e os zamorianos, Howard diz que estes últimos "nem mesmo eram do seu sangue, como os britunianos mais a oeste, os nemédios, os kothianos e os aquilonianos, de cujos mistérios ele (Conan) tomara conhecimento tempos atrás".
Como ocorreu com Dale Rippke em sua cronologia - com a qual estes resenhistas concordam parcialmente -, o leitor é levado à conclusão de que o percurso de Conan da Ciméria, após fugir da Hiperbórea, foi: Britúnia, Nemédia (Deus na Tigela), Aquilônia, uma brevíssima estada em Ophir, Koth (para onde deveria ter ido com Jiara, a colega desta e o mercador) e, finalmente, Zamora.
De qualquer modo, o trajeto feito por Kurt Busiek (Britúnia - Nemédia - Ophir - Coríntia - Zamora) está bem menos distante da concepção howardiana do que a equivocada idéia de DeCamp - engolida por Roy Thomas e muitos outros - de que o Cimério teria ido da Hiperbórea para Zamora, passando somente pela Britúnia.
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