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Reviews

CONAN, O CIMÉRIO # 16

1 dezembro 2007


Título: CONAN, O CIMÉRIO # 16 (Mythos
Editora
) - Revista mensal

Autores: Terror no Monte Uskuth - Kurt Busiek (roteiro) e Cary Nord (arte).

Preço: R$ 4,90

Número de páginas: 24

Data de Lançamento: Julho de 2005

Sinopse: Depois de sua turbulenta estada em Hanumar, na Nemédia, onde enfrentou o demônio conjurado pelo arquimago Thoth-Amon, Conan atravessa Coríntia acompanhado de um mercador e suas duas "damas de companhia".

Ao acordar em uma estalagem, o cimério descobre que foi ludibriado pelo trio e decide segui-los para se vingar.

Mas no meio do caminho havia uma colina inóspita e maligna, onde Conan resolve dormir após sua mais recente decepção com as mulheres civilizadas. Uma colina na qual os habitantes de uma vila próxima não se atrevem a pisar...

Positivo/Negativo: No melhor estilo Frank Frazetta, Cary Nord, aliado ao colorista Dave Stewart, apresenta uma belíssima capa nesta edição. Stewart, aliás, merece os elogios que recebeu ao longo dessas 16 edições. Seu sentido de profundidade de cor e de luz em cada cena é natural, belo e extremamente narrativo, pois demonstra com clareza as expressões e sentimentos dos personagens.

Quanto a Nord, nesta edição seus desenhos estão mais parecidos com os do início da série, ou seja, dão a impressão de estarem mal-acabados, mas são deslumbrantes e dinâmicos, caso das cenas em que Conan se recorda das meretrizes na taverna, com seus risos e posturas naturais.

As paisagens, cenários e trajes foram tratados com esmero, demonstrando que não são desenhos improvisados. A única falha de Cary Nord - presente inclusive nas edições # 1 e # 6 - é o péssimo hábito (não se sabe se é o estilo artístico dele ou mero puritanismo), de não desenhar auréolas em seios nus, como se vê num flashback desta HQ.

Introduzindo uma nova seqüência de aventuras, Kurt Busiek não deixa o leitor esquecer o Conan autêntico, visceral e instintivo, que em seus momentos de fúria agride um taberneiro e um garoto indefeso. É um bárbaro adolescente, totalmente humano, menos mito ou lenda, bem mais fiel ao herói idealizado por Robert Ervin Howard. Vale lembrar que, nos anos futuros, o amadurecimento do cimério não o levaria a atitudes tão radicais.

Uma cuidadosa leitura do conto A Torre do Elefante, de Howard, mostra que a Cidade dos Ladrões - mencionada no final da aventura - fica na fronteira ocidental de Zamora, e não a "40 léguas a leste" dela, como informaram a Conan.

No entanto, aquilo pode ter sido um mero equívoco do garoto que indicou a Cidade dos Ladrões ao bárbaro. Tal erro, contudo, foi devidamente retificado posteriormente, no início da Conan, o Cimério # 33. Além disso, a história narrada nesta edição # 16 seria mais fiel à obra de Howard, se fosse ambientada em Koth, em vez de na Coríntia (ver itinerário mencionado na resenha do número #14).

De qualquer forma, Horror no Monte Uskuth é mais convincente que qualquer outra aventura, ao mostrar o que motivou Conan a ir em busca de um lugar como a Cidade dos Ladrões.

Além disso, Busiek usou diversos elementos fantásticos com seus demônios e seu mago, e até mesmo góticos, com túmulos e conversas com um morto. Tudo isso de uma maneira fácil e sincera, sem exageros.

O visionário Bob Cano-Duplo finaliza a edição.

Classificação:

4,0

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