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CONAN, O CIMÉRIO # 17

1 dezembro 2007


Título: CONAN, O CIMÉRIO # 17 (Mythos
Editora
) - Revista mensal

Autores: A Cidade dos Ladrões - Kurt Busiek (roteiro) e Cary Nord (arte).

Preço: R$ 4,90

Número de páginas: 24

Data de Lançamento: Agosto de 2005

Sinopse: Conan da Ciméria chega à Cidade dos Ladrões, em Zamora, e inicia sua trajetória como ladrão iniciante.

Ao roubar um artefato sagrado ele tem dificuldades em vender o objeto e se envolve com um astuto ladrão, na tentativa de obter lucro com o roubo e escapar de uma maldição.

Seu pretenso negociador tenta enganá-lo, mas logo descobre o quão perigoso pode ser essa intenção.

Positivo/Negativo: Cary Nord apresenta nesta edição uma capa bastante sugestiva acerca do conteúdo da revista. Não é à toa, pois grande parte da ação se passa num beco na Cidade dos Ladrões, com muitas cabeças decepadas e sangue escorrendo nas vielas.

A arte continua excelente, com destaque para a página 18, na qual aparece Conan cercado de inimigos e decepando um deles. Nela pode-se observar a atenção que Nord dá à arte, quando o colar de Conan é arrancado e não volta a aparecer nas páginas seguintes, assim como sua vestimenta, totalmente dilacerada, restando-lhe apenas a tanga de panos.

Por outro lado, se o artista teve o zelo de retratar a turaniana Iasmini (edições # 4 a # 6) com a típica cor morena do povo dela (como descrito em A Era Hiboriana, de R. E. Howard), não fez o mesmo com os zamorianos, deixando quase todos com a pele mais clara que a do próprio Conan (contradizendo frontalmente o que o criador do bárbaro e sua Era deixou claro em contos como A Torre do Elefante e O Colosso Negro, bem como nos ensaios Nota Sobre Vários Povos da Era Hiboriana e o já citado A Era Hiboriana).

Pelo que Howard descreveu, a pele do povo de Zamora era mais escura que a de Conan - embora tivessem feições ocidentais -, talvez de cor semelhante à dos pictos. E, a partir da edição # 19, esses "atentados póstumos" a Howard nesse aspecto tendem a piorar...

O roteiro de Busiek apresenta um Conan tentando a duras penas aprender o ofício de ladrão. Embora forte e ágil, falta a ele a malícia e a astúcia dos ladrões zamorianos. Contudo, esse jovem cimério não é nada ingênuo e faz uso de sua força e inteligência para se sobressair na "profissão".

Uma curiosidade: em nenhum momento na aventura é citado o nome da cidade em que Conan se encontra. Sabe-se que se trata da Cidade dos Ladrões, como informado na página 5, e em diversas outras.

No entanto, os leitores mais antigos sabem que se trata de Arenjun, a cidade dos ladrões em Zamora - famosa nos tempos de Conan pela Marvel Comics.

Ainda assim, o nome Arenjun foi criação de L. Sprague DeCamp, quando ele reescreveu o conto howardiano The Trail of the Bloodstained God (originalmente, uma aventura de Kirby O'Donnel, no Oriente Médio dos anos 30) como um de Conan da Ciméria, batizado The Bloodstained God (Na Trilha do Deus Imaculado, quadrinizado em A Espada Selvagem de Conan em cores # 2).

O criador de Conan nunca especificou o nome da cidade onde se passa A Torre do Elefante (aventura mostrada na edição # 20, acontecida na mesma cidade) e - muito possivelmente - o fragmento, postumamente batizado "O Salão dos Mortos".

Quanto ao nome "Cidade dos Ladrões", parece ter sido idéia de Kurt Busiek. E, por sinal, tem tudo a ver, porque, vasculhando nas edições norte-americanas dos livros de Conan, o Cimério, são feitas várias referências sobre "ladrões zamorianos" - alguns deles são mostrados, como em O Colosso Negro - e sobre Conan ter sido ladrão em Zamora.

Some-se a isto o fato de a cidade onde Yara vivia na Torre do Elefante ser um local cheio de ladrões - não apenas de Zamora, mas de outros países...

Para encerrar, mais uma pitoresca aventura de Bob Cano-Duplo.

Classificação:

4,0

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