Título: CORPORAÇÃO DO SUPERMAN (Mythos Editora) - Edição especial

Autores: Steve Vance (argumentos), José Luis García-López (desenhos) e Mark Farmer (arte-final).

Data de lançamento: Outubro de 2002

Preço: R$ 6,90

Sinopse: Um bebê é atropelado numa estrada pouco movimentada do interior, mas escapa com vida. O motorista, pensando se tratar de um milagre, coloca a criança na porta da delegacia, e resolve mudar de vida (virando um empresário no ramo de livros e fitas de auto-ajuda).

O menino é adotada por uma família com fortes princípios religiosos, e passa a se chamar Dale Suderman. Mas seus pais morrem quando ele ainda era novo, e passa a viver em orfanatos, sem conseguir se enturmar com as outras crianças. Até que, um dia, descobre uma incrível habilidade para jogar basquete, e passa a ser a maior promessa dos esporte.

Ganhando o apelido de Superman (por causa de seu sobrenome, Suderman), ele constrói um verdadeiro império, e isso desperta a inveja de Lex Luthor, que está disposto a descobrir toda a verdade por trás de seu rival.

Positivo/Negativo: Surpreendente. Essa pode ser a melhor definição para este lançamento da Mythos. A editora vem publicando várias histórias da linha Túnel do Tempo, e, a princípio esta seria uma das que menos chamaria a atenção. Mas, após a leitura, o que fica é aquela sensação de agradável satisfação, por algo em que não se apostava quase nada.

O roteiro de Steve Vance é enxuto, e explora muito bem cada aspecto do personagem. Desde seu sentimento de culpa pela morte da mãe até se tornar um frio mega-empresário.

Mais que isso, Vance chega até mesmo a traçar os pontos positivos e negativos do Super-Homem, aquele personagem que todos conhecemos do Universo DC, quando Dale Suderman cria um super-herói baseado nele mesmo para estrelar um novo desenho animado.

A arte José Luis García-López (que a Mythos colocou erradamente como "Gacía-López" nos créditos) normalmente dispensa comentários. Todos já conhecem a qualidade de seu traço. Mas aqui ele se superou, e, juntamente com o arte-finalista Mark Farmer, fez um ótimo trabalho.

Com seu estilo mais clássico, é fácil perceber todo seu conhecimento de anatomia, perspectiva e narrativa. É perfeitamente possível diferenciar todas as idades do personagem durante seu crescimento, desde bebê até a fase adulta. Algo difícil de se encontrar em quadrinhos americanos de super-heróis...

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