CRIMINAL - COVARDE
Editora: Panini Comics - Edição especial
Autores - Ed Brubaker (roteiro), Sean Philips (arte) e Val Staples (cores) - Originalmente publicado em Criminal # 1 a # 5.
Preço: R$ 39,00
Número de páginas: 144
Data de lançamento: Abril de 2010
Sinopse
Leo Patterson, um ladrão muito hábil é chamado para criar e executar um plano de assalto. Mas nem tudo é tão simples.
Positivo/Negativo
Finalmente, o leitor brasileiro pode ler aquele que é considerado o melhor trabalho do competente roteirista Ed Brubaker.
O autor tem passagens inesquecíveis por Capitão América, Demolidor e Gotham City contra o crime. E sob sua batuta, histórias de teor urbano dançam uma coreografia certinha.
Em Criminal, o acompanha o talentosíssimo desenhista Sean Philips, mais conhecida do público pelas séries de Zumbis Marvel. Para mais informações sobre os dois e as premiações recebidas pela série, leia a resenha da versão francesa.
Esta edição deve agradar aos fãs da série 100 Balas, dada sua temática urbana e suas tramas policiais. Toda a trama é a preparação para um assalto e as consequências dele.
O foco é o ladrão Leo Patterson, que, além de possuir grande habilidade para bater carteiras, é o covarde do título do álbum. Ele sempre tem um plano de emergência na manga e nunca entra em nenhum negócio que não possa medir riscos e conseqüências. É o "herói" dessas cinco edições compiladas pela Panini.
Ou melhor, é um anti-herói. E nem essa definição se mostra adequada a Patterson. Os anti-heróis são personagens que quebram as regras em nome de uma justiça maior, como o Justiceiro ou o Wolverine.
Leo Patterson é um ladrão. Ele assume tintas de heróis ao ser jogado no foco da aventura e criar suas regras, que, na sua forma de ver o mundo, garantem-lhe a sobrevivência.
Brubaker levanta motivações suficientes para que o leitor crie empatia com o ladrão covarde. Suas ações demonstram a autopreservação, mas escondem algo mais. E nesse algo mais o autor ganha o jogo. E Leo Patterson, o interesse do leitor.
A edição nacional foi pensada para livrarias.
Capa dura, papel de alta gramatura, preço elevado e o selo Panini Books. E é justamente por esses adornos - e, claro, pelo valor pago - que o leitor se coloca na posição de exigir mais.
E, nesse ponto, a edição fica um pouco a dever. A página 71, por exemplo, apresenta um problema nas letras: parece que as vírgulas foram trocadas por aspas. Há um bom texto de abertura e a presença das capas originais, mas haveria espaço para mais material sobre séries policiais. As revistas americanas trazem excelentes artigos que poderiam ter sido reproduzidos aqui, por exemplo.
Apesar desses pequenos descuidos, o material é de primeira e merece ser lido.
Classificação: