Criminosos do sexo – Volume dois – Dois mundos, uma polícia
Editora: Devir – Edição especial
Autores: Matt Fraction (roteiro) e Chip Zdarsky (arte e cor) – Originalmente em Sex Criminals # 6 a # 10.
Preço: R$ 65,00
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Junho de 2016
Sinopse
Burlar a Polícia do Sexo está causando sérios problemas no relacionamento de Suzie e Jon. E eles vão recorrer a uma velha conhecida de Jon para enfrentar a situação.
Positivo/Negativo
Todo começo de namoro é uma experiência intensa, com os corpos em frenesi. Mas isso é elevado à enésima potência para Suzie e Jon, que compartilham o dom de fazer o tempo parar ao gozarem. Só que, quando o relacionamento cai na rotina, as coisas parecem desandar.
É o que acontece neste segundo encadernado da série Criminosos do Sexo, em que Matt Fraction expôs um desgaste na relação entre Suzie e Jon, causado tanto pela necessidade da diminuição da frequência das transas, quanto pelos problemas psicológicos de Jon, fazendo com que todo aquele êxtase inicial da série diminuísse.
Os dois descobrem como o trio que compõe a Polícia do Sexo os encontra. Para evitar trombar com eles novamente, param de assaltar bancos e o sexo vai se tornando escasso. A monotonia passa a reinar, com a burocrática rotina do trabalho no banco e as sessões de análise, para Jon, e a desgastante luta de Suzie para salvar sua biblioteca.
A situação só começa a mudar quando Jon encontra o arquivo de outras pessoas que têm a mesma habilidade dele e de Suzie. E uma delas é uma velha conhecida do rapaz, a atriz pornô Jazmina St. Cocaína – o flashback com a história dela é muito bom e, a partir daí, a trama dá uma melhorada, voltando a cativar o leitor, e criando um cliffhanger promissor para o próximo volume.
Outra sacada de Fraction para contornar os dramas no relacionamento de Jon e Suzie foi inserir na história o Dr. Robert Rainbow, o novo ginecologista “pintoso” da garota (além de ser um alívio cômico, é um ótimo exemplo de como aplicar a técnica de “expectativa x realidade” em um roteiro).
E, apesar das cenas de sexo neste segundo encadernado serem menos numerosas, elas são apimentadas. Então, continua valendo a recomendação de “leitura para adultos”.
Sobre o material extra, as capas das edições que compõem o encadernado também deixam a desejar em relação às primeiras. Contudo, o melhor fica para a falsa entrevista de Fraction e Zdarsky à Playboy, com aquela costumeira pegada zombeteira dos autores.
Classificação
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