CRISE DE IDENTIDADE # 4
Título: CRISE DE IDENTIDADE # 4 (Panini
Comics) - Minissérie em sete edições
Autores: Brad Meltzer (texto), Rags Morales (desenhos) e Michael Bair (arte-final).
Preço: R$ 4,50
Número de páginas: 40
Data de lançamento: Dezembro de 2005
Sinopse: Jean Loring, ex-exposa de Eléktron, é salva pelo herói, mas a segunda tentativa de assassinado de uma mulher relacionada com um membro da Liga da Justiça deixa o mundo dos super-heróis em polvorosa.
Depois do Dr. Luz, o vilão Nó Corrediço se torna suspeito, o que pode ligar os assassinatos diretamente ao Esquadrão Suicida.
Não só os heróis se movimentam, mas também os bandidos: eles sabem que o assassinato de Sue Dibny e o ataque a Jean tendem a aumentar o cerco a seus atos.
Positivo/Negativo: O quarto capítulo é um entreato em Crise de Identidade. Depois de mexer nas raízes do Universo DC, Meltzer aproveita para mostrar as conseqüências de seu enredo em heróis - que parecem um tanto quanto perdidos e angustiados - e vilões - preocupados com a vigilância extra de seus inimigos.
É uma edição, portanto, com muito diálogo e uma única cena de ação: Eléktron salvando Jean, logo no começo. Do outro lado da trama, a primeira personagem realmente relevante é ameaçada. No miolo, há um ar de que nada daquilo é de fato importante, e por isso vale lembrar que Crise de Identidade é a série que deve dar o tom dos próximos anos da DC. E muito desse tom começa a ganhar chão nessas páginas aparentemente menores.
O interrogatório a que submetem Nó Corrediço, com o laço da Mulher-Maravilha, é de fazer tremer as bases dos movimentos de direitos humanos. Cruel e injusto, ele evoca cenas de tortura clássicas, coisa que dificilmente se espera da Princesa Diana. O clima de paranóia dos heróis - do qual só Batman parece escapar - é perturbador.
Dado o cenário, está na cara que Meltzer se prepara, mais uma vez, para uma seqüência de três revistas de tirar o fôlego. Pena que seus parceiros na arte não o acompanhem. Morales e Bair estão aquém do roteirista, principalmente na hora de caracterizar rostos.
Por fim, vale notar que a série começa a repercutir em outras revistas. Motivado pelo voto de Barry Allen na lobotomia do Dr. Luz, o Flash começa a investigar os segredos de seu tio, na edição 37 de Liga da Justiça.
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