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CRISE FINAL # 4

2 agosto 2009


Autores: Grant Morrison (texto), JG Jones (arte), Alex Sinclair (cores), Jotapê Martins e Fabiano Denardin (tradução). Publicado originalmente na revista Final Crisis # 4.

Preço: R$ 5,50

Número de páginas: 24

Data de lançamento: Outubro de 2009

Sinopse: Turpin está se transformando em Darkseid rapidamente, ao mesmo tempo em que a Equação Antivida toma conta dos Multiversos.

A internet foi desligada. Muitos seres superpoderosos foram derrotados. Enquanto isso, os heróis remanescentes - Flash, Arqueiro Verde, Mulher-Gavião - estão perdendo a batalha.

Positivo/Negativo: Crise Final passa da metade em uma edição sem surpresas nem solavancos, o que acaba amornando a história.

Mas isso não quer dizer que a HQ seja ruim por seu hermetismo ou complexidade.

Afinal, a princípio, a minissérie não é fichinha. De muitas formas, exige do leitor mais do que as revistas de super-heróis comuns. Por isso, acaba assustando.

E aí o leitor acha que a HQ precisa de um manual de instruções pra ler. O que não é verdade.

Basta reparar no perfil típico do público de super-heróis norte-americano (e brasileiro, de certa forma). É gente que se reúne em fóruns, que vai a feiras e convenções, que lê sites especializados e passa a tarde batendo papo em gibiterias. É um sujeito que, no fim das contas, troca muita informação.

Bem, talvez esse público não troque o tipo de informação que a HQ de Grant Morrison exige. Talvez ele não tenha a verve de pesquisa. Talvez, quem sabe, não saiba tanto de super-heróis quanto garganteia por aí. Mas o fato é que Morrison não pede nada além do que os leitores já fazem, só que com mais dedicação.

Aqui no Brasil, claro, há uma diferença: o material clássico da DC ou é inédito ou teve tiragens pequenas a preços altos ou saiu em revistas difíceis de achar. Não é como nos Estados Unidos, em que se encontra boa parte da obra de Jack Kirby encadernada a preços razoáveis em livrarias comuns.

Além disso, o número de leitores é consideravelmente menor que nos Estados Unidos. Embora a Panini não divulgue números oficiais, o mercado estima que a venda das revistas de super-heróis fiquem na casa das poucas dezenas de milhares de exemplares. No mínimo, isso significa que tem menos gente pra debater as histórias.

Como se disse nas resenhas anteriores da série, o leitor brasileiro pode acompanhar o resquício do debate dos norte-americanos (em blogs como o excelente Final Crisis Annotations), pode debater em fóruns brasileiros, se virar como pode pra curtir a história.

O problema desta edição é outro: ela chega no ponto exato anunciado por sua sinopse, ou seja, o dia em que o mal venceu.

Tendo o mal vencido, resta ao bem, desmantelado, reunir seus esforços para reagir. Nada de novo no front dos clichês maniqueístas.

O que vale na edição são os pequenos momentos, as cenas especiais, os diálogos bem construídos e a arte de JG. Jones.

O tratamento dado ao Arqueiro Verde, por exemplo, é delicioso. As páginas do herói estão entre os momentos mais incríveis da minissérie até agora.

De qualquer forma, não é o suficiente para a HQ manter o bom nível dos números anteriores.

 

Classificação:

4,0

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