CRISE INFINITA # 1
Título: CRISE INFINITA # 1 (Panini
Comics) - Minissérie em sete edições
Autores: Geoff Johns (texto), Phil Jimenez (desenhos) e Andy Lanning (arte-final).
Preço: R$ 5,50
Número de páginas: 40
Data de lançamento: Janeiro de 2007
Sinopse: Depois de uma reunião de supervilões, de uma guerra cósmica, de um Espectro enlouquecido que acabou com a magia e um ataque do Xeque-Mate - que resultou no assassinato de Maxwell Lord pela Mulher-Maravilha -, o Universo DC está em plena crise.
Enquanto heróis do mundo inteiro tentam salvar o planeta - e fontes afirmam que o Papa não acredita em um suposto apocalipse -, Superman, Batman e Diana ensaiam uma discussão nas ruínas da sede lunar da Liga da Justiça.
Positivo/Negativo:
Depois de meio ano de Contagem Regressiva e do imbróglio que
envolveu os direitos da DC - e fez a Panini ameaçar
lançar a série em uma única edição -, chegou às bancas a primeira edição
de Crise Infinita, a badalada minissérie que alardeia a reestruturação
do Universo DC.
Pena que tanto barulho e antecipação atrapalhem a história. Os sete especiais de Contagem Regressiva e uma série de revistas interligadas ao evento simplesmente limaram todas as grandes surpresas do primeiro número da minissérie - cujo papel parece ser apresentar o cenário em que a trama vai se desenvolver.
Já se sabe da destruição da base lunar da LJA, do clima pesado entre a trindade formada por Superman, Batman e Mulher-Maravilha, da crise existencial de Superboy, do ataque em massa dos OMACs, da reunião dos vilões e por aí vai. Novidade, mesmo, só mesmo a surpresa nas duas últimas páginas - e isso se alguém não topou com as centenas de spoilers que povoaram sites e fóruns da internet ao longo do último ano.
Johns, enfim, conta uma boa história, correta e até adequada para quem ficou desligado da DC nos últimos meses. Mas não consegue fazer nada de novo ou grandioso, que faça sua edição de estréia valer a pena.
Quando se compara com Crise de Identidade, a trama que deu uma guinada na DC e fez com que se chegasse a esta mini, fica clara a diferença - o assassinato de uma personagem de terceiro escalão é muito mais impactante que a volta dos personagens eliminados há 20 anos.
Também é de se avaliar o que a Crise Infinita representa para o Universo DC. Nas duas páginas finais, fica claro que a série será uma ode à cronologia, um retrocesso depois de anos e anos em que as melhores histórias da editora foram aquelas que soltaram as amarras do regime de vigilância temporal - vide o recém-lançado especial DC: A Nova Fronteira.
Quando Johns resolve homenagear Para o Homem que Tem Tudo..., clássico de Alan Moore com o Superman (republicado na série Grandes Clássicos DC - Alan Moore, de outubro), chega a soar contraditório, pois foi o escritor inglês quem, um ano depois, enterraria o Universo DC pré-Crise com uma história que, nas entrelinhas, deu a entender que toda aquela reformulação era uma bobagem para justificar maus escritores.
No entanto, este é apenas o primeiro número e ainda há esperanças, ainda que vagas, de que o bom momento por que a DC vinha passando ainda se reflita na minissérie.
O primeiro número da série, apesar de seus defeitos intrínsecos, recebeu um tratamento zeloso da Panini - nos Estados Unidos, a história teve alterações posteriores no encadernado, e ainda que não tenha sido feita a mudança na arte, os diálogos foram atualizados para a versão definitiva.
Além disso, há duas opções de capa nas bancas, uma de Jim Lee e outro do artista da Crise original, George Pérez. Ambas são reproduzidas em página inteira no miolo.
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