CRISE INFINITA # 2
Título: CRISE INFINITA # 2 (Panini
Comics) - Minissérie em sete edições
Autores: Geoff Johns (texto), Phil Jimenez (desenhos), Andy Lanning Norm Rapmund, Marlo Alquiza e Lary Stucker (arte-final).
Preço: R$ 5,90
Número de páginas: 40
Data de lançamento: Janeiro de 2007
Sinopse: Ao reencontrar Poderosa, sua prima, o Superman da Terra-2 recapitula toda a história da DC para mostrar por que ele, sua Lois, Superboy Prime e Alexander Luthor decidiram abandonar o posto de observadores do universo Pós-Crise nas Infinitas Terras.
Positivo/Negativo: Enfim, Crise Infinita diz a que veio. E não é pouca bobagem.
Depois
de um primeiro
capítulo pouco promissor, em que se limitou a reapresentar os eventos
de seus prelúdios, a minissérie mostra uma melhora significativa em seu
segundo número - e finalmente começa pra valer.
A história pega carona em Poderosa, uma personagem que tem uma origem conturbada no Universo DC Pós-Crise, mas que antigamente era a Supergirl da Terra-2 - confusão retomada da aventura publicada na estréia recente da revista DC Especial.
Em uma narração relativamente longa, Kal-L descreve o quanto o Multiverso pré-Crise era simples, inocente, quase perfeito. E o quanto o unificado foi deturpado por eventos como a morte de Jason Todd, o esfacelamento da coluna de Batman por Bane, a Crise de Identidade, o assassinato de Maxwell Lord pela Mulher-Maravilha.
Na cabeça do mais antigo dos Supermen, a idéia é acabar com a Terra unificada e fazê-la voltar ao que era antes da Crise nas Infinitas Terras.
E isso coloca a saga num papel crucial - bem mais rico do que aparenta à primeira vista. De certa forma, todos esses eventos são conseqüências do contexto pós-Crise, em que os leitores conheceram obras como Watchmen, O Cavaleiro das Trevas e Batman - Ano Um, que transformaram os super-heróis em seres mais sombrios.
Quando Kal-L diz que quer reformar o mundo, Johns o coloca em confronto não apenas com a Liga da Justiça, mas também com monstros como Alan Moore e Frank Miller e seus cânones do gênero de super-heróis - e com o espírito de uma era que durou 20 anos e permitiu que a DC chegasse ao ponto em que está hoje.
Daqui para frente, Johns tem pela frente a tarefa de ser um roteirista vigoroso, capaz de explorar os conceitos que acaba de criar, seus dilemas morais e estéticos, e evoluí-los para um ponto coerente.
Crise Infinita tem um tom épico de reformulação de universo, mas este segundo número começa de uma forma graciosa, que merece ser destacada: a conversa cotidiana do Homem-Animal com sua família é um grande suspiro antes de a maratona reformista de Johns começar.
E vale lembrar: apesar de a minissérie sair em sete partes por aqui, a Panini já está publicando uma versão da história corrigida a partir do encadernado norte-americano, que teve alterações em relação às páginas originais.
Ou seja, graças aos esforços da editora, o leitor brasileiro tem acesso à edição definitiva da série.
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