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CRISE INFINITA # 3

1 dezembro 2007


Título: CRISE INFINITA # 3 (Panini
Comics
) - Minissérie em sete edições

Autores: Geoff Johns (texto), Phil Jimenez, George Pérez (desenhos) e Andy Lanning, Norm Rapmund, Wayne Faucher (arte-final).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 40

Data de lançamento: Fevereiro de 2007

Sinopse: O mundo está em colapso: Espectro ataca o campo místico e afeta o clima global, OMACs enfrentam as Amazonas em Themyscira e um conglomerado de vilões espalha o caos por diversas cidades.

Enquanto isso, o Superman da Terra-2 tenta dissuadir Batman a reinstaurar seu mundo, que considera uma versão idílica de um Universo DC unificado que deu errado.

Mas, nos bastidores, Superboy Prime e Alexander Luthor têm planos bem mais ousados.

CRISE INFINITA # 3Positivo/Negativo:
Há 20 anos, a minissérie Crise nas Infinitas Terras serviu de ponto
de partida para uma nova cronologia para o Universo DC. Em seguida,
a editora reformulou seus personagens (de onde, por sinal, saíram HQs
de super-heróis canônicas), esqueceu mundos paralelos e tentou, muitas
vezes em vão, pôr a casa em ordem.

A idéia de uma nova Crise sempre rodeou a cabeça dos leitores - e até mesmo dos criadores. Nesses 20 anos, pelo menos dois momentos foram marcantes: a fase de Grant Morrison diante do Homem-Animal, com alusões diretas à Crise, e a fraca minissérie Zero Hora, que ensaiou mexer com a cronologia, mas nunca convenceu ninguém.

Daí a importância que Crise Infinita vem ganhando nestes três primeiros números.

Ainda em sua terceira edição, a minissérie transformou 20 anos em um mero hiato e revalida toda a cronologia da DC, desde a estréia de Superman, na primeira edição de Action Comics, de junho de 1938. Mesmo que não dê em nada, o simples fato de personagens pré-Crise ressurgirem relativiza substancialmente o conceito de marco zero imposto pela Crise nas Infinitas Terras.

Para a DC, comercialmente, Crise Infinita é um grande negócio, ainda mais num mercado em que edições encadernadas têm cada vez mais participação. Compilações de material antigo passam a ter um apelo além de seu valor histórico e artístico - para o fã de super-herói mais arraigado, tudo volta a ser material válido no universo ficcional da editora.

Ano que vem, quando Superman (e a DC, por tabela) completar 70 anos, cada uma de suas histórias será válida. E o aniversariante será justamente o Superman da Terra-2, aparentemente o carismático líder do grupo que quer reinstaurar sua idílica realidade paralela como única versão possível do planeta.

Além dele, Johns acabou escolhendo outros ícones da minissérie original, de 1986. Mas o resultado, por enquanto, é bem diferente (apesar dos traços de Jimenez, praticamente clonados de seu mestre, George Pérez, que inclusive participa da edição). O roteirista escolheu uma trama moral, que passa a idéia, ao menos inicial, de que os velhos tempos eram melhores do que os atuais.

Conceitualmente, a trama funciona muito bem. O problema é quando Johns tem que lidar os meandros de uma editora com tantos títulos interligados como a DC. As primeiras páginas desta edição, por exemplo, são relacionadas a uma minissérie bastante fraca que pegou carona no marketing da Crise Infinita - Dia de Vingança, em que foi apresentado um Espectro tresloucado e um grupo de personagens místicos sem charme, o Pacto das Sombras.

O roteirista também precisa dar um gancho para a origem de um novo Besouro Azul e mostrar que os vilões estão trabalhando unificados.

Por melhor que seja Johns, o formato de série interligada com vários títulos atrapalha. E acabam sobrando algumas bobagens, como quando Batman arremessa uma cadeira no monitor do computador. Tudo bem que a gente também bate no monitor quando a culpa da travada é do CPU, mas vamos e venhamos: ele é o Batman, pô!

Classificação:

4,0

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