CRISE INFINITA # 5
Título: CRISE INFINITA # 5 (Panini
Comics) - Minissérie em sete edições
Autores: Geoff Johns (texto), Phil Jimenez, Jerry Ordway e Ivan Reis (desenhos) e Andy Lanning, Jerry Ordway e Art Thibert (arte-final).
Preço: R$ 5,90
Número de páginas: 40
Data de lançamento: Abril de 2007
Sinopse: O plano de Alexander Luthor e Superboy Primordial deu certo: o Multiverso está se reconfigurando. Na medida em que as Terras se tornam múltiplas, os heróis vão repovoando os planetas recém-renascidos de acordo com os parâmetros pré-Crise nas Infinitas Terras.
Mas os heróis não estão conformados com o que estão vendo.
Batman tem um plano para derrotar o Irmão-Olho - e descobre que pode contar com Jaime Reyes, o novo Besouro Azul.
Diana Prince, a Mulher-Maravilha da Terra-2, surge para Diana e pede que ela ajude Superman.
Na Terra-2, o Superman original, depois de um combate com sua versão pós-Crise, descobre que seu plano de restaurar o próprio mundo para salvar Lois Lane era um engodo.
Positivo/Negativo: Geoff Johns tem dedicado a primeira página de cada edição de Crise Infinita para apresentar um recorte do cotidiano dos heróis em meio à destruição do universo em que vivem. Desta vez, Retalho e Dr. Incrível conversam sobre religião. O maltrapilho diz que é judeu e questiona a opção ateísta de seu interlocutor, tido como um dos personagens mais inteligentes da DC.
Na opinião de Retalho, o seu próprio traje composto de almas corrompidas, Espectro, Desafiador e o anjo Zauriel comprovariam que há um Deus jogando dados com seu universo.
É curioso que os personagens evoquem uma divindade para zelar justamente por um universo tão confuso quanto este de Crise Infinita. Tudo bem que a DC conseguiu ter coerência cronológica por muito pouco tempo, apenas nos meses que se seguiram ao esforço da Crise nas Infinitas Terras. Mas, passados tantos anos, era de se esperar que os editores entendessem que a maxissérie dos anos 80 marcou época não por ter arrumado a casa, mas sim porque gerou clássicos como O Cavaleiro das Trevas, Ano Um, Watchmen e, em menor escala, algumas boas revistas regulares (como o Superman de John Byrne).
Apesar de a trama dar uma melhorada nesta edição, com um bom duelo entre os dois Supermen (desenhado por Ordway, com referências a momentos clássicos do Homem de Aço), as patuscadas de Johns ainda se espalham pelas páginas. O ressurgimento de Diana Prince, por exemplo, soa como um golpe baixo do roteirista - é um deus ex machina inserido na trama apenas para forçar a reaproximação de Superman e Mulher-Maravilha.
É uma pena que um evento tão aguardado venha se tornando um álbum de figurinhas de erros primários. Em vez de apostar em uma boa história, a DC preferiu cair no conto das Múltiplas Terras, reavivando conceitos que podiam ter ficado 20 anos no passado.
A Panini imprimiu esta edição com duas capas, como tem feito ao longo de toda a Crise Infinita. Uma é de Jim Lee, outra de George Pérez. Desta vez, Pérez faz disparado a melhor.
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