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CRISE INFINITA # 7

1 dezembro 2007


Título: CRISE INFINITA # 7 (Panini
Comics
) - Minissérie em sete edições

Autores: Geoff Johns (texto), Phil Jimenez, Ivan Reis e George Pérez (desenhos) e Andy Lanning, George Pérez, Jerry Ordway, Ivan Reis, Sean Parsons e Art Thibert (arte-final).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 40

Data de lançamento: Junho de 2007

Sinopse: Os super-heróis se unem para derrotar os vilões que decidiram tomar Metrópolis e a Terra - e também para caçar o Superboy Prime, que está voando rumo a Oa para iniciar um novo universo.

CRISE INFINITA # 7Positivo/Negativo:
Não é fácil contar uma boa história. Para construí-la, é preciso harmonizar
uma série de fatores.

Uma boa história tem que fluir bem, contar com um punhado de personagens cativantes, um conflito que faça as coisas andarem e, ainda por cima, ser verossímil.

A despeito de tramas específicas, o longo mito de Superman é uma belíssima história. Tem personagens envolventes como o herói, mas também Lois Lane, Lana Lang, Lex Luthor, Jimmy Olsen e Perry White. Cada um deles tem uma relação diferente com o protagonista.

Ainda há Krypton, os vilões e Smallville pra ajudar a criar conflitos. Nada é verdadeiro, mas tudo é verossímil - os poderes de Superman existem porque ele veio de outro planeta.

Crise Infinita, por sua vez, está longe de ser uma boa história. O bafafá armado em seu entorno foi mais empolgante do que a série em si. E, infelizmente, seu final consegue ser ainda mais decepcionante do que o atribulado desenvolvimento.

Considerada a maior empreitada da DC nos últimos anos, a série é daquelas que fazem com que todas as revistas da editora se curvem a ela. Ao mesmo tempo, define os rumos dos títulos para os próximos anos.

Para conduzi-la, foi chamado Geoff Johns, roteirista com uma folha corrida de bons trabalhos nos principais títulos da casa e famoso por seu conhecimento enciclopédico sobre a história e os meandros da DC Comics.

A escolha é natural: depois de passar por Superman, Liga da Justiça, Sociedade da Justiça, Novos Titãs, Lanterna Verde, Flash e outros, faltava ao currículo de Johns um grande crossover.

Geoff Johns calcou-se em Crise nas Infinitas Terras, dos anos 80, para redesenhar a DC. Contudo, errou a mão e fez uma série bastante aquém da média do seu trabalho.

O primeiro número de Crise Infinita, por exemplo, não publicou nada que não tivesse sido visto na minissérie Contagem Regressiva para a Crise Infinita. Em seguida, estabeleceu-se que Superboy Primordial vinha alterando a realidade a partir de um limbo criado para um punhado de sobreviventes da Crise nas Infinitas Terras.

A realidade alterada, aos poucos, virou uma casa da mãe Joana. Qualquer coisa se tornara possível - até uma patética ressurreição de Jason Todd, vista em uma aventura interligada publicada na revista Batman.

Pelo que se entende do desfecho da série, algumas coisas mudaram no Universo DC. O corrupto Alexander Luthor diz, em dado momento, que mudou a História: a partir de agora, Mulher-Maravilha teria participado da fundação da Liga da Justiça e o assassino dos Wayne teria sido preso.

Outra mudança trazida por Crise Infinita é o retorno do Capitão Átomo
do Universo Wildstorm, onde o personagem passou uma temporada.
Mas, para o leitor brasileiro, isso não fica claro - não há nota alguma
comentando o assunto. Talvez porque Armageddon, a série Wildstorm
do personagem, esteja nas mãos da Pixel.

Mas todas as alterações estão soltas, sem grandes explicações e tiveram um desenvolvimento enjambrado. Um universo inteiro teve sua história alterada pelo decreto de um roteirista. É, no mínimo, inverossímil. Mas acaba ficando com cara de embuste mesmo, de um encerramento apressado.

No fim das contas, o Universo DC ficou com sua conturbada cronologia ainda mais confusa. Não só porque invalidou o que a Crise original fizera nos anos 80. Mas também porque a história foi mal contada, mal planejada e mal encerrada.

Apesar da qualidade questionável de Crise Infinita, a Panini fez um trabalho bacana do começo ao fim. Todas as edições tiveram duas versões de capa nas bancas - uma de Jim Lee, outra de George Pérez.

Além disso, atualizou as páginas para a versão definitiva, publicada no encadernado norte-americano, que apresentava modificações em relação à série mensal.

Classificação:

4,0

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