CRISE INFINITA - DIAS DAS BRUXAS ESPECIAL
Autores: O Dia das Bruxas no Arkham - Abertura - Dan Abnett, Andy Lanning (texto), Trevor Hairsine (desenhos), Kevin Conrad (arte-final) e Rod Reis (cores);
Sarusotsog uo sarussevart - Paul Dini (texto) e Dustin Nguyen (arte);
Cães de guarda - David Arquette, Cliff Dorfman (texto) e Bernard Chang (arte);
Sede de sangue - Peter Johnson, Matt Cherniss (texto), Kelley Jones (arte) e Mark Chiarello (cores);
O que pode assustar o Maioral? - Marc Bernardin, Adam Freeman (texto), Eric Battle (desenhos), Sandra Hope (arte-final) e Pete Pantazis (cores);
Criança das profundezas - Tony Bedard (texto), Sebastian Fiumara (arte) e Edgar Salgado (cores);
Marcas - Peter J. Tomasi (texto), Peter Snejbjerg (arte) e Lee Loughridge (cores);
Os mais fajutos do mundo - O andarilho das luzes - Kal-El Bogdanove (texto), Jon Bogdanove (arte) e Pete Pantazis (cores);
Estranha carga - Steve Niles (texto) e Dean Ormston (arte);
Pequeno maligno - Steve Seagle (texto), John Paul Leon (arte) e Trish Mulvihill (cores);
A velocidade da vida - Mark Waid (texto), Ryan Sook (arte) e David McCaig (cores);
A abóbora sinistra - Dan Didio (texto), Ian Churchill (desenhos), Norm Rapmund (arte-final) e Rod Reis (cores);
Às vezes eles voltam! - Dan Abnett, Andy Lanning (texto), Tony S. Daniel (desenhos), Jonathan Glapion (arte-final) e Pete Pantazis (cores);
O Dia das Bruxas no Arkham - Final - Dan Abnett, Andy Lanning (texto), Trevor Hairsine (desenhos), Kevin Conrad (arte-final) e Rod Reis (cores).
Preço: R$ 6,66
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Outubro de 2008
Sinopse: Em uma noite de Halloween no Asilo Arkham, os criminosos insanos se reúnem para contar histórias de casos assustadores do Universo DC.
Positivo/Negativo: No fim do ano passado, a Panini lançou Crise Infinita - Especial de Natal. Versão brasileira de um almanaque da DC Comics, a revista não conseguiu empolgar: tinha roteiros fracos e arte desleixada, dando a impressão de que havia sido feita às pressas.
Pois a edição de Dia das Bruxas é cria do almanaque natalino da DC - tem número de páginas e proposta bastante parecidas e usa em vão o nome da minissérie de Geoff Johns.
A maior diferença de lá pra cá é que a nova edição está mais caprichada, como se a editora tivesse aprendido com os próprios erros - e isso sempre é um bom sinal.
Nota-se evolução até mesmo no timaço reunido: alguns bons roteiristas (como Paul Dini, Steve Niles e Mark Waid), uns artistas competentes (Ryan Sook, Kelley Jones, Peter Snejbjerg), umas celebridades das HQs de super-heróis (Jon Bogdanove, Ian Churchill, Tony Bedard), uns nomes ligados a séries de TV (Peter Johnson e Matt Cherniss, de Supernatural) e o polêmico Dan Didio. Nas mãos dessa gente toda, personagens como Lobo, Zatanna, Batman, Superman e Flash.
Mas, apesar de um grupo dessa grandeza, o resultado é bem mais ou menos.
A arte, é fato, está mais caprichada do que a do especial de Natal. Há alguns trabalhos bastante interessantes - como os de Ryan Sook, Dean Ormston, Dustin Nguyen e Bernard Chang. Além disso, é sempre um prazer ver Kelley Jones mais uma vez no universo da minissérie Chuva rubra, que retratou um mundo em que Batman se tornou um vampiro.
Os roteiros, porém, não conseguem chegar ao mesmo nível.
Com 13 histórias (contra sete do almanaque de Natal), sobra pouco espaço para os autores desenvolverem suas tramas. As maiores HQs têm cinco ou seis páginas. Algumas ficaram com duas ou três.
A sensação é de que as histórias estão "espremidas". Há sempre texto demais, o que prejudica o ritmo e a leitura.
Ficam de fora do sufoco duas exceções. Uma é Sede de sangue, que tem um roteiro alegórico e consegue fazer dois quadros que ocupam páginas inteiras. A outra é Estranha carga, de Steve Niles, que recorre ao estranhamento para finalizar seu conto.
Um terceiro caso, curiosíssimo, é a história de Jon Bogdanove e de seu filho Kal-El (fazer o quê se o pai é nerd?): a dupla socou uma história relativamente longa em três páginas usando quadrinhos pequenos - e haja letrista para encaixar um texto tão miúdo nos balões.
Nem mesmo as exceções salvam a revista. É uma pena que até mesmo as coisas boas se percam no meio da bagunça.
O que sobra, no fim das contas, é o preço. A equipe da Panini teve uma boa sacada e está cobrando R$ 6,66 pela edição, remetendo ao cabalístico número da Besta. Isso dá um charme especial para uma revista que praticamente não tem salvação.
Classificação: