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CRISE INFINITA – ESPECIAL DE NATAL

1 dezembro 2008


Autores: Um Natal com Hector Hammond - Keith Champagne (texto e arte-final), John Byrne (desenhos), Nathan Eyring (cores);

Espíritos de Natal - Bill Willingham (texto), Cory Walker (arte), Mike Atiyeh (cores);

Tudo o que eu quero no Natal... - Joe Kelly (texto), Alé Garza (arte), Tim Townsend (arte-final da p. 21), J.J. Kirby (cores);

O presente dos magos - Tony Bedard (texto), Marcos Marz (desenhos), Luciana del Negro (arte-final) e Rod Reis (cores);

Papai Noel - Jan Boothby (texto), Giuseppe Camuncoli (desenhos), Lorenzo Ruggiero (arte-final) e estúdios Hi-Fi (cores);

Luzes - Greg Rucka (texto), Christian Alamy (arte) e Jason Wright (cores);

Sim, Tyrone, Papai Noel existe - Kelley Puckett (texto), Pete Woods (arte) e Brad Anderson (cores)

Boas Festas! - Phil Jimenez (arte) e Mark Chiarello (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 80

Data de lançamento: Dezembro de 2007

Sinopse: Edição com sete histórias de temática natalina protagonizadas pelos personagens do Universo DC:

Um Natal com Hector Hammond - Lanterna Verde mostra a seu velho inimigo as memórias de um Natal inesquecível.

Espíritos de Natal - Papai Noel convoca o Pacto das Sombras para proteger seu trenó da Liga Antinatal.

Tudo o que eu quero no Natal... - Supergirl tenta promover o reencontro entre um pai e sua filha.

O presente dos magos - Seguindo a trama de Shazam, o bem e o mal fazem suas festas de Natal.

Papai Noel - Bart Allen, o novo Flash, precisa aprender a comemorar o Natal.

Luzes - Batwoman encontra uma rara menorá de sua família.

Sim, Tyrone, Papai Noel existe - Superman tenta provar a um menino que Papai Noel existe. Isso, claro, se Batman permitir!

Positivo/Negativo: O especial de Natal de Crise Infinita é uma tentativa da DC de revigorar uma tradição que já vinha em franca decadência: os especiais de datas comemorativas.

Por aqui, as HQs natalinas sobreviviam graças aos gibis infantis. No mercado norte-americano, apenas por conta de um ou outro título de linha com lançamento previsto pros arredores do dia 25 de dezembro e que se aventura a pendurar uma guirlanda na capa.

Mas este especial é diferente: publicado nos Estados Unidos em 2006, tem sete histórias, envolveu uma série de profissionais e, para os padrões norte-americanos de vinte e poucas páginas, é uma revista três vezes maior que as convencionais.

A iniciativa é bacana. O problema está nos resultados irregulares.

Antes de tudo, não há nenhuma HQ especialmente tocante ou surpreendente. Nada se destaca para ficar muito acima do mediano.

Isso não quer dizer que não haja boas HQs. Pelo contrário: a história judaica de Rucka para Batwoman é bonita e foge dos clichês. Já a trama de Superman chafurda nos chavões natalinos, mas cresce na medida em que apela para o bizarro.

O problema dos clichês, aliás, arrasa a maioria das histórias: como o Natal é uma data com overdose de símbolos, os roteiristas parecem incapazes de se desvencilhar de enredos déjà vu. E, de repente, lá estão as mesmas tramas de sempre em versões mal recauchutadas.

Na arte, a situação é diferente. Os trabalhos são fracos mesmo. Quem se destaca é Shazam, com um desenho bem acabado e ótimas cores do brasileiro Rod Reis, e o time italiano que cuida de Flash.

Mas, por outro lado, a revista traz uma série de decepções. Um exemplo é John Byrne, na história do Lanterna Verde. Seu traço está tão tosco que ficou quase irreconhecível.

Outro, não tão grave, é Pete Woods - cujo trabalho não chega aos pés do que desenvolveu na revista de linha do Homem de Aço, no segundo semestre do ano passado.

Mas quem faz feio mesmo é Alé Garza. Sua Supergirl é primária. Só se reconhece seu Alfred com cara e corpo de Woody Allen porque alguém lembrou de desenhar a cabeça do dinossauro que decora a batcaverna. Os desenhos praticamente não têm cenários - os fundos são preenchidos pelas cores bregas e malfeitas de J.J. Kirby.

A revista também tem deslizes na edição norte-americana. Em duas histórias, são dados de presente livros raros. Pior: os personagens fazem o mesmo comentário: "Isso deve ter custado uma fortuna".

A sensação que se tem ao fim da análise é que, apesar das boas intenções, a revista foi produzida e fechada às pressas.

De qualquer forma, tomara que os especiais comemorativos da DC não fiquem só neste. Lá fora, já saiu até uma edição dedicada ao Halloween, mas a versão natalina não ganhou uma segunda chance no último dezembro.

Classificação:

4,0

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