Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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CRYING FREEMAN # 1

1 dezembro 2005


Título: CRYING FREEMAN # 1 (Nova Sampa) - Minissérie
em quatro edições mensais
Autores: Kazuo Koike (roteiro) e Ryoichi Ikegami (desenhos).

Preço: Cr$ 350,00 (preço da época)

Número de páginas: 112

Data de lançamento: 1992

Sinopse:Yo Hinomura é o maior assassino da máfia chinesa, conhecida como "Os 108 dragões". Emu Hino é uma solitária artista japonesa. Quando o caminho desses dois personagens se cruzarem, um mar de acontecimentos mudará a vida de ambos para sempre.

Uma história cheia de tramas, violência, sedução e amor. É isso que o leitor encontra nas páginas deste grande mangá.

Positivo/Negativo: Uma intensa mistura de ação, lutas espetaculares, cenas de sexo e uma trama muita bem elaborada. Crying Freeman é tudo isso e muito mais.

Nesta primeira edição, são apresentados os dois personagens centrais, bem como seus confusos sentimentos. Tanto Yo quanto Emu são extremamente complexos. Ele, o assassino temido por todos, mas que por algum motivo chora por suas vítimas; ela, a artista adulta que nunca amou ou foi amada até conhecer o homem que tirará sua vida.

Se hoje a maioria dos mangás mostra personagens estereotipados, com os mesmo sentimentos e só uma roupagem diferente, em sua época o mestre Kazuo Koike, também criador de Lobo Solitário, não se contentava em fazê-los frios e sem personalidade. Muito pelo contrário. Suas "crias" são sentimentalmente tão humanas quanto seus leitores.

A trama não é menos complexa que seus personagens, apesar de lembrar bastante os filmes de luta em voga nos anos 80. O autor mostra de um jeito crítico a estreita ligação entre a máfia e a polícia.

Os desenhos de Ryoichi Ikegami (Mai, a Garota Psíquica) são outro ponto alto da edição. Ele tem um ótimo senso estético e usa-o com perfeição na narrativa rápida da história. Seu trabalho é charmoso e detalhado sem ser tedioso.

Infelizmente, nem tudo é perfeito. A editora pecou em alguns aspectos, como a escolha do papel, que dificulta a visualização de cenas mais escuras. O sentido da leitura seria um ponto negativo, mas na época de seu lançamento era impensável uma HQ japonesa sair aqui no formato original. Hoje, porém, a maioria concorda que tal procedimento valoriza ainda mais a obra.

Classificação:

4,0

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