CRYING FREEMAN # 10
Título: CRYING FREEMAN # 10 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Kazuo Koike (texto) e Ryoichi Ikegami (arte).
Preço: R$ 9,50
Número de páginas: 224
Data de lançamento: Julho de 2007
Sinopse: Crying Freeman retorna ao Japão e depara com uma traição em nome da vingança.
Positivo/Negativo: Este é o último número de Crying Freeman. Portanto, marca o desfecho do terceiro mangá de Kazuo Koike no Brasil, fruto da onda de publicações do autor que começou com Lobo Solitário (pela mesma Panini) e teve também Yuki (da Conrad).
Até então, o autor só tinha sido publicado em séries que foram abandonadas antes do fim por suas editoras. Crying Freeman era uma delas. Tinha saído pela Nova Sampa no começo dos anos 90, mas ficou longe do término.
O caso de Crying Freeman, porém, é bastante peculiar. Por conta dos primeiros capítulos, o mangá virou objeto de culto entre os leitores de quadrinhos.
Mas a coisa muda de figura quando se percebe que, logo adiante, a trama dá uma grande guinada. A história da máfia chinesa vai, aos poucos, se tornando mais e mais bizarra.
O visual dos anos 80 é gritante. Os lutadores se enfrentam totalmente nus - por vezes, têm tatuagens de animais gigantes nas costas, como é o caso do próprio protagonista. Aos poucos, surgem personagens esquisitos a rodo - neste número, por exemplo, há um matador russo gigante chamado Romanov e uma matrona japonesa que empunha uma metralhadora.
A série deixa de ser completamente séria, mas seu final acaba ganhando um charme inesperado: lembra os filmes de Quentin Tarantino na soma da breguice datada com o excesso de violência.
O resultado é uma obra ímpar, mas que não chega perto de ser o melhor de Koike e, provavelmente, não será uma unanimidade.
Para quem procura um mangá mais tradicional, contudo, a solução é optar pela nova revista de Koike que está nas bancas mensalmente: Samurai Executor.
Classificação: