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CUÁNTA TIERRA NECESITA UN HOMBRE

1 dezembro 2011

CUÁNTA TIERRA NECESITA UN HOMBRE

Editora: Edelvives - Edição especial

Autores: Miguel Ángel Díez (roteiro e desenhos) e León Tolstói (texto original).

Preço: € 10,40

Número de páginas: 102

Data de lançamento: Outubro de 2010

 

Sinopse

Adaptação em quadrinhos do conto De quanta terra precisa um homem?, de Leon Tolstoi, assinada pelo espanhol Miguel Ángel Díez e publicada pela editora Edelvives, dentro da coleção Novelas Gráficas.

Positivo/Negativo

Não é apenas no Brasil que editoras apostam em adaptações literárias em quadrinhos para conquistar os mais variados tipos de leitores. Um passeio por qualquer livraria de importados revelará que casas publicadoras dos principais mercados editoriais do mundo usam essa mesma estratégia.

Ora, há jeito melhor de ser aceito e adotado por governos, escolas e professores do que passar para a linguagem visual dos quadrinhos histórias consagradas que são lidas e estudadas na escola?

Portanto não é surpresa deparar com a coleção Novelas Gráficas, da espanhola Edelvives, que traz diversos contos adaptados para os quadrinhos.

Em Cuánta Tierra Necesita um Hombre, a história, bastante conhecida, mostra o ambicioso camponês Pajom em sua busca incessante e mesquinha por terras para ficar cada vez mais rico, até o seu final trágico.

A interpretação visual de Miguel Ángel Díez é excelente. Ele domina perfeitamente a narrativa visual e encadeia quadros e páginas de forma que o leitor não consiga parar de ler. O autor sabe ser conciso com as palavras, fugindo de longos recordatórios, usando-os só quando era estritamente necessário.

As imagens contam perfeitamente a história, que, se já era muito boa na mão de Tolstoi, fica ainda melhor em quadrinhos. Muitos autores brasileiros engajados nas dezenas de adaptações literárias que pipocam no mercado poderiam aprender muito com esta HQ.

O traço de Díez é caricato, com diversas particularidades. Só que ele o domina perfeitamente, e o desenho ajuda muito a contar a história, que é bem séria.

A qualidade gráfica do álbum ajuda demais: capa dura em duas cores e papel de qualidade, além de uma impressão impecável. Dá gosto ter na estante.

Como é um pouco difícil encontrá-lo nas livrarias brasileiras, o leitor que se interessar pela arte de Díez pode conferir seu ótimo blog

Classificação:

4,0

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