Esta história tem como chamariz uma característica típica da Marvel nos anos 1970: o crossover entre títulos da editora. A estratégia visava "forçar" o leitor a comprar outra revista, para saber a conclusão da história.

Todavia, não era nada comparado às famigeradas megassagas que predominam atualmente, estendendo-se por meses a fio. Naquela época, esses encontros duravam, em média, de duas a três edições.

Nesta revista, o bom escritor Marv Wolfman promove um inusitado crossover entre o Demolidor e o Motoqueiro Fantasma. Para isso, contou com a valiosa colaboração de um novato John Byrne (então em franca ascensão na Marvel). Os traços do desenhista estão muito bons e exalam frescor, encaixando-se perfeitamente tanto nas sequências dramáticas, quanto nas de ação.

Wolfman é hábil na condução da trama, construindo de maneira eficiente os mistérios da história. Importante ressaltar que o roteirista trouxe de volta Karen Page, o grande amor da vida do Demolidor, que estava ausente do título havia mais de 40 edições.

Ao final da revista, o surgimento de um velho inimigo e o reencontro entre Karen e o Demolidor fornecem os elementos necessários para manter o interesse na trama, que se conclui em Ghost Rider # 20.