Dark # 6
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Autores: Fantasias (Animal Man # 6) - Jeff Lemire (roteiro), Travel Foreman, John Paul Leon (arte) e Lovern Kindzierski (cor);
No escuro - Post Mortem - A maldita reunião (Justice League Dark # 6) - Peter Milligan (roteiro), Mikel Janin (arte) e Ulises Arreola (cor);
Trancafiado (Resurrection Man # 6) - Dan Abnett e Andy Lanning (roteiro), Fernando Dagnino (arte) e Jeromy Cox (cor);
Um homem encantador (I Vampire # 6) - Joshua Hale Fialkov (roteiro), Andrea Sorrentino (arte) e Marcelo Maiolo (cor);
A rainha negra (Swamp Thing # 6) - Scott Snyder (roteiro), Marco Rudy (arte) e Val Staples e Lee Loughridge (cor).
Preço: R$ 8,99
Número de páginas: 104
Data de lançamento: Dezembro de 2012
Sinopse
Liga da Justiça Dark - O primeiro reencontro da equipe após o confronto com a feiticeira.
Monstro do Pântano - Alec e Abigail enfrentam William Arcane.
Eu, o vampiro - Em Gotham City, Tig se descontrola e dá início à ascensão dos vampiros!
Ressurreição - Preso no Asilo Arkham, Mitch tem que enfrentar uma fuga em massa e a corrupção policial.
Homem-Animal- Fugindo de trailer pelo interior dos Estados Unidos, a família Baker se distrai com um filme.
Positivo/Negativo
Homem-Animal abre a revista com uma pequena pausa no combate da família Baker contra a podridão. Na história, o leitor acompanha Chas Grant, outrora conhecido como Relâmpago Escarlate, hoje desempregado, divorciado, duro e com sérios problemas com bebidas.
Num exercício de metalinguagem incrível, o autor apresenta um drama que poderia muito bem ser protagonizado por Buddy, e de quebra ainda levanta questões muito próximas às apresentadas por Grant Morrison em Sete soldados da vitória, como: o que acontece com os sidekicks depois que eles crescem? Ou onde estão os heróis das classes C e D.
Claro que nas mãos de Morrison, eles tiveram um final muito mais glorioso do que ser espancados à vista de todos.
A arte conduz o leitor pela transição entre as duas histórias, com detalhes muito bem colocados como, por exemplo, a indicação que a bateria do celular está acabando.
Em Liga da Justiça Dark, a equipe se reencontra apenas para provar que não funciona, que os membros não se respeitam e que a falta de objetivo é bem clara. Mas, ainda assim, eles precisam se unir devido a um perigo iminente - ou, mais provavelmente, por ordem do alto escalão da DC Comics.
A história termina com uma sincronização entre os eventos de LJD e Eu, o vampiro. Assim, veremos se esse perigo realmente existe.
Ressurreição muda completamente a trama em que a revista estava envolvida, e se perde. Esqueça as Dublês de Corpo, o Transumano, Suriel ou qualquer pista sobre o passado de Mitch. Agora, ele desperta a caminho do Asilo Arkham e sem poderes.
O roteiro tenta explorar elementos do submundo de Gotham, como a corrupção policial e a influência dos vilões na política da cidade, mas tudo é feito de maneira superficial, focada em um único agente penitenciário, como se ele fosse a fonte de todo mal no local.
Ainda em Gotham, o leitor confere Batman, Andrew e os caçadores de vampiro enfrentando o exercito de Mary em Eu, o vampiro.
A trama, apesar de rápida, transmite um questionamento interessante sobre a posição de cada um dos personagens em relação a matar. Enquanto Tig quer destruir todo e qualquer vampiro que aparecer, Andrew busca acabar somente com os mestres (assim consegue reverter a transformação) e o Morcego tenta impedir qualquer morte.
No final, o gancho deixado na história de Liga da Justiça Dark é explicado, dando o pontapé inicial para o crossover entre as duas revistas.
Monstro do Pântano se foca no conflito entre Alec, Abby e o irmão dela, mas, nessa altura do campeonato, a entidade da podridão está tão poderosa, que tudo que o leitor pode fazer é se angustiar enquanto vê os dois sendo facilmente derrotados.
A derrocada é tão rápida e surpreendente, que a sensação de fim da esperança reverbera em cada quadro da revista.
Alguns leitores podem reclamar do final, muito parecido com o de Eu, o vampiro, e realmente é.
Mas quando se leva em consideração a natureza dos dois personagens, o final de Eu, o vampiro é desesperador por trazer uma situação de embate com o maior inimigo do protagonista, e uma traição que o leva a completa destruição. Enquanto Monstro do Pântano vem, há muito números, em uma espiral de decadência que atinge seu ponto mais crítico, restando ao herói somente a superação.
Classificação