Dark # 8
Editora: Panini Comics – Revista mensal
Autores: A ascensão dos vampiros – A partida (Justice League Dark # 8) - Peter Milligan (roteiro), Daniel Sampere (arte) e Admira Wijaya (cor);
A ascensão dos vampiros – A crueldade de ser gentil (I Vampire # 8) - Joshua Hale Fialkov (roteiro), Andrea Sorrentino (arte) e Marcelo Maiolo (cor);
Animal vs. Homem (Animal Man # 8) - Jeff Lemire (roteiro), Steve Pugh e Travel Foreman (arte) e Lovern Kindzierski (cor);
O olho da tempestade (Swamp Thing # 8) - Scott Snyder (roteiro), Yanick Paquette (arte) e Nathan Fairbairn (cor);
Ossos quebrados (Swamp Thing # 9) - Scott Snyder (roteiro), Yanick Paquette e Marco Rudy (arte) e Nathan Fairbairn (cor).
Preço: R$ 9,99
Número de páginas: 104
Data de lançamento: Fevereiro de 2013
Sinopse
Liga da Justiça Dark – Uma estranha aliança entre Zatanna, Shade e a vampira Mary.
Eu, o vampiro – O retorno de Andrew e a batalha final contra Caim.
Homem-Animal – Atacada por agentes da podridão, a Família Baker descobre que os poderes de Maxine são maiores do que todos imaginavam.
Monstro do Pântano – O rei Guerreiro ressurge para uma batalha de proporções épicas contra a podridão.
Positivo/Negativo
O crossover entre Liga da Justiça Dark e Eu, o vampiro, intitulado A ascensão dos vampiros, caminha para o desfecho nesta edição.
Nas páginas de LJD, o final da saga fica em segundo plano e o clima é de despedida e mágoa, por ser a última edição escrita por Peter Milligan. No comando desde o primeiro número da equipe, ele foi o responsável pela formulação de uma versão mágica da maior equipe da DC, ainda em Ponto de Ignição (Flashpoint, no original), e pela reconfiguração do conceito nos Novos 52.
O autor deixa a revista devido à “dança das cadeiras” (sem contar o cancelamento de alguns títulos) promovida pela editora, numa tentativa de alavancar as vendas. Ele sai levando junto Shade, o homem mutável, personagem que trabalhou durante muitos anos no selo Vertigo.
Em LJD, Shade nunca teve um grande destaque na equipe, mas seu último momento é tocante, deixando transparecer todo o desagrado do escritor ao abandonar sua criação.
O final do arco fica concentrado em Eu, o vampiro, com o retorno de Andrew do mundo dos mortos para enfrentar Caim.
Em uma batalha de tons épicos, ele rapidamente acaba com o “babaca primordial”, e este é o grande pecado da trama: a velocidade com que tudo se resolve.
Fica para o leitor a expectativa do próximo número, já que agora o protagonista da série está extremamente poderoso e comanda uma horda de vampiros. Além disso, Tig e Mentor estão indo atrás de aliados poderosos para controlar esta nova facção de sugadores de sangue.
Ao final da saga é possível avaliar melhor a participação dos personagens e o impacto dela no Universo DC. Enquanto em Eu, o vampiro ela marca o começo de uma nova fase, mudando absolutamente tudo que foi apresentado nos números iniciais, a LJD ficou com um ar de coadjuvantes de luxo.
Na sequência, uma edição de Homem-Animal que o coloca novamente na batalha contra a podridão.
Desde o primeiro número, o leitor está se acostumando à bizarrice transmitida pela arte, mas nesta edição ela se supera. A metamorfose da raposa na pequena Maxine é talvez uma das sequências mais perturbadoras vistas na revista.
A calma com que a garota encara tudo também incomoda, pois ela é apenas uma criança, e se comporta com uma naturalidade absurda diante de todos os eventos.
Pra fechar a revista, uma sequência com dois números de Monstro do Pântano. A decisão de dar uma pausa com Ressurreição e duplicar a “carga” de outros títulos foi acertada, já que o material não se encaixava com o ritmo do mix.
Com cenas de ação alucinante, o Monstro retorna com força total para enfrentar a Podridão. A arte é incrivelmente dinâmica e faz jus ao roteiro.
E a segunda parte da batalha entre o Monstro e a Rainha da Podridão mantém o ritmo e a qualidade. O gancho final para a próxima edição promete arrepiar até os fãs mais antigos do personagem.
Classificação