DARK HEROES # 5
Título: DARK HEROES # 5 (Brainstore) - Série regular
Autores: Desafiador - Steve Vance (roteiro), Leonard Kirk e Rick Burchett (arte);
Starman - James Robinson (roteiro), Tony Harris (desenho) e Wade Von Grawbager (arte);
Esquadrão Suicida - Keith Giffen (roteiro), Paco Medina (arte) e Joe Sanches (arte-final).
Preço: R$ 9,90
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Julho de 2003
Sinopse: O Desafiador encontra o Espectro Hal Jordan, que mostrará tudo o que estava por trás de suas interferências nas mortes clássicas do Universo DC vistas nas edições anteriores.
No confronto com a vilã Névoa, Jack Knight, o Starman, encerra um dos dias mais complicados que já viveu.
Major Desastre, Mestre das Pistas, Rei Relógio, Multi-Homem e Graúdo, sob o comando de Bulldozer, enfrentam a primeira missão do novo Esquadrão Suicida.
Positivo/Negativo: Antes de tudo, é preciso lembrar que, em tempos de crise, Dark Heroes é uma revista que permite ao leitor brasileiro acompanhar títulos menos populares da DC Comics - o preço é acima da média, mas ainda sai mais em conta do que as edições importadas equivalentes.
Contudo, a situação não é das melhores. Até a quarta edição, duas das três séries publicadas na revista eram simplesmente pífias. O Espectro de J. M. DeMatteis era de uma ruindade inexplicável. E o Desafiador não ia muito além.
A boa notícia é que Espectro ficou no passado, sendo substituído pelo Esquadrão Suicida de Giffen. O autor, cultuado pela fase humorística da Liga da Justiça e admirado por sua Legião dos Super-Heróis, começa uma série com ritmo cadenciado, gostoso e maduro.
No lápis, Paco Medina constrói vilões de corpos imponentes para a batalha e rostos expressivos para os diálogos velozes. Não é uma obra-prima, nem precisa ser, mas é uma substituição mais que satisfatória para aquela bobajada que se tinha antes.
Por falar em bobajada, o Desafiador consegue passar dos limites. Chega a ser descabido o que se lê. Recapitulando: nos quatro primeiros números, o espírito de Boston Brand encarnou no cenário das mortes de Superman, Robin e Flash (Barry Allen) e na tragédia de Coast City. Agora, Steve Vance, em um dos momentos mais constrangedores de sua carreira, diz que nada aquilo aconteceu!
Bem, tem horas em que o leitor de HQs precisa despertar o seu lado Pollyana e pensar: "Pelo menos essa patuscada não detonou de vez com a já famigerada e paranóica cronologia da DC". Ainda bem que acabou. Na próxima edição, o Desafiador fica, mas Vance sai e é substituído por Kelley Jones, a quem desejamos mais sorte e talento, na série batizada Exorcismo.
Starman merecia companhia melhor do que isso. Robinson usa o tema da nostalgia para escrever uma série atualíssima. Harris é o parceiro ideal. A arte com referências de art noveau deu alma a Opal City, um privilégio dentre tantas cidades ficcionais pasteurizadas da DC. Esta série, mesmo quando trágica, melancólica ou violenta, faz bem à alma.
A primeira saga publicada em Dark Heroes encerrou-se na edição em questão. Bastante intrincada, com diversas histórias paralelas simultâneas, o arco forma um pequeno tesouro que merece uma releitura, para que se possa tirar dele tudo o que Robinson oferece.
Pena que Dark Heroes seja tão irregular em sua periodicidade. Num pequeno editorial que acompanha a seção de cartas, o editor Eloyr Pacheco agradece aos leitores por acompanhar o título, apesar desses intervalos entre cada número. Mas não explica a vulgarização da capa: deliciosamente fosca até a quarta edição, caiu na vala comum da plastificação sem motivo aparente.
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