Autores: Keith Champagne, John Ostrander (texto), Pat Olliffe, Andy Smith, Tom Derenick, Jack Jadson (desenhos), Drew Geraci, Ray Snyder, Norm Rapmund, Rodney Ramos (arte-final) e Hi-Fi (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Julho de 2008

Sinopse: O Caçador de Marte tenta impedir Adão Negro de deflagrar a III Guerra Mundial, mas não tem sucesso. Assim, torna-se testemunha da batalha - e testemunha os momentos finais das 52 semanas em que Superman, Batman e Mulher-Maravilha estiveram afastados do Universo DC.

Positivo/Negativo: A décima edição de DC Apresenta é um
apêndice do último número da minissérie 52.
E apêndices, convém lembrar, não passam de meros complementos. Facilmente
extirpáveis, estão longe de ser algo relevante de fato.

Apesar do nome pomposo, III Guerra Mundial é um evento menor, que fica bem resolvido nas próprias páginas de 52. As quatro histórias reunidas neste especial aprofundam um ou outro detalhe, mas não vão prejudicar ninguém se forem excluídas da lista de compras.

Claro que, em se tratando de quadrinhos de super-heróis, isso não é coisa que se diga impunemente. Então, vá lá: há, sim, uma ou outra isca para os fãs mais ardorosos. Entre elas, o retorno de Supergirl à Terra e uma cena mequetrefe sobre que diabos aconteceu com o Aquaman pós-Crise Infinita.

Mas, de novo: são chamarizes apenas para os mais afoitos e não esclarecem nada para quem está acompanhando os dois personagens mais confusos do atual Universo DC.

Na prática, é uma HQ fraca: o roteiro é esquemático, com jeito de escrito às pressas. As cenas são grandes lugares-comuns. Os diálogos estão secos, duros, repletos de clichês como "Cuidado com o que deseja", "Onde está você quando o mundo mais precisa?" e por aí vai.

Para completar, a arte é altamente irregular - basta comparar a proporção da cabeça do Caçador de Marte da página 28 com a da página 52 para atestar um dos erros grosseiros.

Ler III Guerra Mundial já não é um grande prazer, mas ficou mais chato ainda por conta do trabalho de edição pouco comprometido da Panini - que não indicou em momento algum que a revista se encaixa na primeira metade de 52 # 13, mais precisamente na semana 50. Daí que o leitor tem que começar a ler a história para só então concatenar as tramas.

É a velha história de sempre: não custa nada para o editor pôr um alerta qualquer - que seja em uma nota de rodapé! Mas, para o leitor, esses pequenos cuidados fazem uma diferença brutal.