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DC APRESENTA # 4 - MULHER-GATO

1 dezembro 2007


Título: DC APRESENTA # 4 - MULHER-GATO (Panini
Comics
) - Revista bimestral

Autores: Will Pfeifer (roteiro), David Lopez (desenhos) e Alvaro Lopez (arte-final).

Preço: R$ 8,50

Número de páginas: 112

Data de lançamento: Julho de 2007

Sinopse: A Crise Infinita acabou há um ano. Em Gotham, Selina Kyle vive sob um novo nome, Irena Dubrovna, e cuida da filha recém-nascida, Irena.

O manto da Mulher-Gato mudou de dona: agora, quem o veste é a jovem Holly Robinson.

Mas não é só porque Selina abriu mão de sua vida anterior que alguns fatos do passado não vão interferir na vida das duas Mulheres-Gato - incluindo na lista um punhado de vilões com sede de vingança.

Positivo/Negativo: Depois de três edições intrinsecamente ligadas à minissérie Crise Infinita, DC Apresenta chega às bancas com um arco da revista de linha da Mulher-Gato.

As Substitutas traz uma grande reviravolta na história da personagem. Não tinha como ser diferente: afinal, faz parte do evento Um Ano Depois, que mostra um salto cronológico nas revistas da DC Comics ao final de Crise Infinita.

Foi nesse meio tempo que Selina Kyle engravidou e que a jovem Holly (amiga desde Batman - Ano Um) assumiu a identidade da ex-vilã redimida para cuidar do bairro de West End, em Gotham.

No começo da história, nasce a pequena Helena (e, nesses tempos em que o Multiverso está de novo em voga, é bom lembrar que é o mesmo nome da Caçadora da Terra-2, que é filha de Batman e Mulher-Gato). E os vilões se reaproximam das garotas.

Um dos grandes dramas da nova fase pode ser deduzido pela capa da revista, feita por Adam Hughes. Trata-se de uma nítida homenagem ao mangá Lobo Solitário, recentemente encerrado pela própria Panini, em que o samurai Itto Ogami entra numa missão de vingança ao lado do filho bebê, Daigoro. Helena, a filha de Selina, mais cedo ou mais tarde entra na linha de frente do combate.

Apesar da narrativa bem construída e dos desenhos competentes dos Lopez, a história de Will Pfeifer pode se tornar um pouco arisca. Como se pode perceber, há muitas referências ao passado distante da personagem e à cronologia da DC. Não é nada que chegue a atrapalhar, mas notas aqui ou acolá ajudariam a situar o leitor.

A omissão mais grave está mesmo nas referências recentes. Afinal, o título não é publicado no Brasil com regularidade já faz um bom tempo. E alguns dos fatos a que a história se refere podem ser vistos justamente nas aventuras da revista de linha da personagem, que permanecem inéditas no País.

É o caso do enfrentamento com o vilão Máscara Negra. A impressão que dá é que são eventos do ano pulado, mas definitivamente não é isso. Mostrado nas edições norte-americanas que antecederam o salto de Um Ano Depois, nunca chegou a sair no Brasil, mas faz parte da cronologia da DC. No entanto, não há nenhum texto explicativo aludindo o que aconteceu. Nem mesmo uma nota.

Por outro lado, a edição traz muitas notas relativas às muitas referências cinematográficas da história. Afinal, um dos vilões é metido a cineasta - aliás, os bandidos são fracos, caricaturais, verdadeiros pontos fracos do roteiro de Pfeifer.

É uma pena que um arco tão bacana chegue ao Brasil com esses tropeços. A série é uma das que se dá melhor em Um Ano Depois até aqui. Tem movimento, ação, personagens carismáticos e tudo para dar certo. Com um pouco mais de cuidado, as chances de emplacar por aqui certamente aumentariam exponencialmente.

Classificação:

4,0

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