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DC APRESENTA # 5 – ESPECTRO

1 dezembro 2007


Título: DC APRESENTA # 5 - ESPECTRO (Panini
Comics
) - Revista bimestral

Autores: Morto novamente - Will Pfeifer (texto), Cliff Chiang (arte) e David Baron (cores);

O Espectro - Bernard Baily (texto e arte).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Setembro de 2007

Sinopse: Há um ano, o detetive Crispus Allen, morto por seu colega Jim Corrigan, recebeu uma proposta de se unir ao Espectro e promover justiça. Hoje, ao ver a punição por seu próprio assassinato ainda pendente, ele aceita a missão e se une ao espírito - mas não sem questionar o senso de vingança da entidade.

Positivo/Negativo: Will Pfeifer já tinha se saído bem como novo autor de Mulher-Gato, na edição anterior de DC Apresenta. A boa notícia é que seu Espectro tem o mesmo vigor e, com certo atraso em relação às demais revistas, se confirma como mais um dos bons títulos da DC Comics em Um Ano Depois.

Os acertos começam na escolha do hospedeiro do Espectro: Crispus Allen é um velho conhecido dos leitores de Gotham City Contra o Crime (que vem saindo aos poucos em DC Especial), tem caráter forte e opiniões sólidas. Mais do que um corpo, o detetive se torna um interlocutor do espírito da vingança.

É assim que a série retrata a parceria: há dois personagens ali, cada um com um ponto de vista diferente e capacidade de dialogar. É uma junção mais próxima da versão clássica de Nuclear (com Ronnie Raymond e Martin Stein) do que das anteriores do Espectro, que não passavam de um fantasma gigante com grandes tendências para longos e enfadonhos monólogos.

A nova relação entre o Espectro e o seu hospedeiro dá agilidade à história, mas ainda serve para jogar muita polêmica nas páginas. Em tempos de Tropa de Elite nos cinemas (sem falar das famigeradas cópias piratas), a HQ também questiona a diferença entre justiça e vingança - e mesmo se há assassinatos que valem a pena.

E, em algum momento da história, tanto o Espectro quanto Crispus vão dar a entender que algumas mortes podem ser perdoadas, mesmo que seja uma tarefa que não cabe a eles.

Outro ponto alto da série é Cliff Chiang, um desenhista bastante admirado pelos leitores norte-americanos, mas que ainda teve poucas publicações no Brasil. É ele que consegue impor que, mais do que uma seqüência de Crise Infinita, a série do Espectro é uma herdeira da ótima Gotham City Contra o Crime.

É uma pena que o novo Espectro tenha durado apenas três números. Esse é o tipo de recomeço que dá vontade de ler mais, principalmente porque o personagem vem de uma série de maus tratos - a começar por sua lamentável participação na Contagem Regressiva para a Crise Infinita.

A edição caprichada da Panini ainda tem um extra raro de se ver: a primeira HQ de Espectro, publicada originalmente em More Fun Comics # 52, de 1940. É uma aventura que está muito próxima das primeiras histórias de Batman e Superman, em que os roteiros traziam crimes e boas doses de violência.

A história chega a surpreender: perto de alguns de seus pares: tinha roteiro intrigante e narrativa ágil. Outra diferença marcante para a época é que o traje de super-herói só aparece na última página e nem sequer é usado nos combates.

O que a revista não menciona é que, além de Bernard Baily, o espírito da vingança tem outro criador: Jerry Siegel, co-autor de Superman.

De qualquer forma, trata-se de um bom trabalho da Panini, que merece se destacar nas bancas superlotadas. Afinal, além das duas histórias, a revista traz galeria de capas, resumo da história dos personagens e, de brinde, o leitor ainda leva um adesivo.

Classificação:

4,0

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