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Reviews

DC APRESENTA # 6

1 dezembro 2007


Título: DC APRESENTA # 6 (Panini
Comics
) - Revista bimestral

Autores: O Mistério do Macaco Mago Monstruosamente Mágico - Bill Willingham (texto), Shawn McManus (arte) e Mike Atiyeh (cores);

Sargon, o Feiticeiro - Steve Niles (texto), Scott Hampton (arte) e Chris Chuckry (cores);

Alice Sombria: A Morte e a Donzela - Gail Simone (texto), Duncan Rouleau (arte) e Mike Atiyeh (cores);

Nascido no Oriente - Tad Williams (texto), Phil Winslade (arte) e Chris Chuckry (cores);

O Sangue dos Anjos - Steve Gerber (texto), Peter Snejbjerg (arte) e Lee Loughridge (cores).

O Espectro - Bernard Baily (texto e arte).

Preço: R$ 8,50

Número de Páginas: 120

Data de lançamento: Novembro de 2007

Sinopse: O Elmo do Senhor Destino parte em busca de um novo dono. São cinco candidatos: Chimp, o novo Sargon, Alice Sombria, o novo Íbis e o anjo Zauriel.

Positivo/Negativo: São vários os motivos para esta edição de DC Apresenta, que apresenta a série Em Busca de um Destino completa, passar em branco:

1) A capa é medonha. As cores berrantes matam o trabalho de Michael Wm. Kaluta. E, pra piorar, não diz nada. Afinal, mostra um personagem de quinta categoria como o anjo Zauriel em nova roupagem e com praticamente nenhum vínculo com o que está dentro da revista.

2) O Senhor Destino é um personagem que está baqueado por anos a fio de histórias ruins.

3) A abordagem dos heróis místicos da DC imposta pela minissérie Crise Infinita é de doer.

4) A revista é uma coletânea de autores irregulares.

5) Spoilers às favas, o fato é que, depois de cinco capítulos, o elmo vai embora sem escolher nenhum dos candidatos. Ou seja: é uma busca extenuante sem resultados.

Mas, apesar dos pesares, nem tudo está perdido. Afinal, das cinco histórias, duas merecem destaque. O motivo é banal, mas raro: são boas tramas, com arte bacana, o que dá um prazer danado de ler.

A primeira é a do Detetive Chimp, o chimpanzé que voltou a dar as caras nas revistas da DC na Contagem Regressiva para a Crise Infinita mas, até agora, em títulos ligados ao grupo Pacto das Sombras. O problema do personagem é seu ego, que o torna antipático. Mas, nesta edição, o elmo atrapalha o raciocínio afiado do macaco, que acaba baixando a bola.

Willingham (Fábulas), responsável pelo ressurgimento de Chimp, finalmente acerta o tom do personagem. Ajuda, e muito, a escolha do artista: Shawn McManus tem um traço humorístico, quase caricatural. O resultado é que o macaco com o elmo na cabeça fica impagável. Por sinal, a capa de Brian Bolland para essa história, reproduzida no miolo, teria sido uma ótima alternativa à de Zauriel.

Em Sargon, o autor de terror Steve Niles (30 Dias de Noite) faz mais uma colaboração com a DC e cria uma nova encarnação do lendário feiticeiro. É uma HQ soturna, com arte bonita de Scott Hampton, quase independente da trama do Senhor Destino. O elmo tem uma mera aparição e se vai. O que fica é o mochileiro David Sargent, neto do Sargon original, personagem que tem tudo para crescer.

Pena que a série teve mais três partes fracas. Os motivos são diversos.

Há casos surpreendentes, como o do veterano Steve Gerber e de Peter Snejbjerg. Os dois são criadores tarimbados, competentíssimos, mas a química entre eles e Zauriel simplesmente não funciona. Snejbjerg, um artista expressivo e humano, não mostra resultados em uma saga cósmica com batalhas. Gerber não consegue tirar nada de surpreendente do personagem. E, para completar, as cores ficaram bobas, sem charme.

Em Íbis, o romancista Tad Williams conta história que se limita a repetir velhas fórmulas. Não fede nem cheira, nem com o traço interessantíssimo de Winslade.

Mas, para variar, quem erra feio é Gail Simone, ao lado de Duncan Rouleau. Juntos, criam um pastiche híbrido entre Sandman e o movimento emo. É um trabalho fake, forçado, quase uma piada de mau gosto em cima do sentimento de solidão dos adolescentes. É de se perguntar aonde a DC espera chegar com essas histórias.

DC Apresenta # 6 acaba punida pela mistura desequilibrada de histórias e pela ausência de um final para a série. Mas, de qualquer modo, tem coisa boa lá dentro. E é preciso dizer que vale a pena procurá-las.

Classificação:

4,0

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