DC ESPECIAL # 13 - GOTHAM CITY CONTRA O CRIME
Título: DC ESPECIAL # 13 - GOTHAM CITY CONTRA O CRIME (Panini
Comics) - Revista trimestral
Autor: Não resolvido - Ed Brubaker (texto), Michael Lark (desenhos) e Steffano Gaudiano (arte-final);
Corrigan - Greg Rucka (texto), Michael Lark (desenhos) e Steffano Gaudiano (arte-final);
Apagar das luzes - Greg Rucka (texto), Michael Lark (desenhos) e Steffano Gaudiano (arte-final).
Preço: R$ 16,90
Número de páginas: 160
Data de lançamento: Março de 2007
Sinopse: Não resolvido - Há dez anos, Harvey Bullock não conseguiu resolver o caso de um time de beisebol que sofreu um atentado a bomba, deixando apenas dois sobreviventes.
Agora, um dos sobreviventes invade uma lanchonete e admite ser culpado pela explosão no vestiário. Reaberto, o caso e a vida de Bullock sofrem uma grande reviravolta.
Corrigan - Em plena saga Jogos de Guerra, o detetive Crispus Allen é suspeito de atirar em um bandido algemado. A prova que pode inocentá-lo é uma bala que foi vendida pelo perito corrupto Jim Corrigan a uma colecionadora de objetos ligados ao mundo do crime de Gotham.
Apagar das luzes - No desfecho trágico de Jogos de Guerra, o Comissário Akins decide tirar o batsinal do alto da delegacia.
Positivo/Negativo: Gotham Central não é importante para a cronologia. Não tem personagens de primeira linha, a não ser em aparições rápidas e esporádicas. Não usa cores berrantes nem uniformes coloridos. Os desenhos não são de Jim Lee nem de nenhuma figurinha hypada nos anos 90. Na verdade, está no gênero das HQs policiais e sequer pode ser considerado um título de super-heróis, apesar de constar do rol de publicações ligadas ao Batman. Mas, ainda assim (ou melhor: especialmente por isso), essencial.
Esta edição, mais uma vez, mostra por que a série, aqui rebatizada de Gotham City Contra o Crime (por conta do seriado de TV, com que o título até se parece), é uma das melhores publicações que a DC produziu nos últimos anos. Não que seja profundamente inovadora: trata-se apenas uma série policial com roteiros impecáveis, capazes de envolver o leitor, mas sem fugir das regras do gênero - em que muitas vezes o jogo é mais divertido que o resultado.
Mas, comparando com o baixo nível dos quadrinhos das editoras mainstream, Gotham Central mata a pau.
A primeira história traz um clássico do gênero policial: um tira afastado vê seu caso ser reaberto. Mas Brubaker enche a trama de pistas e ganchos - conduzindo o leitor a trocar de suspeito diversas vezes até o espantoso final.
As histórias de Rucka nesta edição são mais simples, e agora interligadas com a saga Jogos de Guerra, publicada em revistas de linha anteriormente. A série mostrava uma guerra de gangues provocada por Salteadora/Robin, então aliada do Homem-Morcego, e deságua para uma fase de isolamento do herói.
Em Corrigan, o tema é a parceria entre policiais num momento em que as coisas se complicam em Gotham. Além dos bandidos, a própria corrupção dentro do departamento vira um enorme problema.
(É bom situar: esse Jim Corrigan é um homônimo do antigo alter ego de Espectro, mas, como GCCC está atrasado em relação à cronologia, desdobramentos posteriores já apareceram em Crise Infinita # 4.)
Já Apagar das luzes serve como epílogo para Jogos de Guerra. E mostra que Batman, já pouco presente no título, vai se afastar ainda mais dos policiais de Gotham.
Além dos roteiros, a arte de Michael Lark e as cores de Lee Loughridge não podem ser ignoradas. Ambas colaboram para o título funcionar perfeitamente.
Gotham Central também pode servir de convite para que o leitor mexa nas gavetas em busca das histórias de Batman escritas por Rucka e Brubaker. Pouco valorizadas na época, elas compõem a melhor fase do Homem-Morcego nos últimos anos, com um material absolutamente superior a qualquer coisa publicada nos títulos regulares do herói depois da saída da dupla.
A próxima edição de DC Especial contempla mais uma vez a série, que foi até o número 40 nos Estados Unidos. Neste volume, foram publicados os números 19 a 25.
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