DC ESPECIAL # 15 – GAVIÃO NEGRO
Título: DC ESPECIAL # 15 - GAVIÃO NEGRO (Panini
Comics) - Revista trimestral
Autores: Caçando história - Geoff Johns (texto), Scot Eaton (desenhos) e Ray Kryssing (arte-final);
O caçador de cabeças - Geoff Johns (texto), Rags Morales (desenhos), Michael Bair e Mark McMurray (arte-final);
Repouso - Josh Siegal (texto), John Byrne (desenhos) e Lary Stucker (arte-final);
O pássaro negro - Um conto de vidas passadas - Ed Brubaker (texto) e Sean Phillips (arte).
Preço: R$ 14,90
Número de páginas: 144
Data de lançamento: Setembro de 2007
Sinopse: Caçando história - Carter Hall, o Gavião Negro, vai a Kahndaq para realizar uma exploração arqueológica. Mas ele não sabe que seu alvo é a tumba da família de Adão Negro. Quando o antigo aliado da Sociedade da Justiça aparece, o conflito é inevitável.
O caçador de cabeças - Um vilão deixa Gavião Negro completamente transtornado.
Repouso - Os gaviões enfrentam vampiros.
O pássaro negro - Um conto de vidas passadas - Na St. Roch de 1917, uma aventura noir vivida por outras encarnações de Carter Hall e Kendra.
Positivo/Negativo: Com esta edição de DC Especial, a Panini encerra a publicação da fase em que o incensado roteirista Geoff Johns esteve à frente do título do Gavião Negro.
E o destaque da revista, naturalmente, vai para as HQs escritas por Johns. Embora sejam tratadas como capítulos separados, Caçando história e O caçador de cabeças são bastante relacionadas. Podem ser vistas como partes de um arco que começa em Kahndaq e acaba com uma viagem ao inconsciente instintivo do arqueólogo Carter Hall, alter ego do herói Gavião Negro.
Trata-se de uma HQ intensa, que reforça Johns como um roteirista pleno de recursos e que sabe dosá-los para contar suas histórias. No desfecho de sua fase, o autor aumenta a carga de tensão nos elementos que explorou no decorrer de mais de dois anos. De um lado, está Carter Hall, professor universitário, civilizado, até mesmo refinado. Do outro, o Gavião Negro, um herói bruto e sensível que carrega nas costas o peso de lembrar de suas encarnações e de um amor imortal sem correspondência por Kendra.
Uma hora, claro, a situação se tornaria insuportável. É essa trajetória que Johns apresenta ao leitor em sua despedida.
O melhor da revista, porém, vem no final: Ed Brubaker e Sean Phillips levam o leitor a um passeio pelo universo dos romances noir para contar a história de uma encarnação anterior dos heróis-gaviões. A história é densa, mas surpreende ao chegar a um final delicado - um desfecho perfeito para a série.
O álbum só não é melhor porque a história de vampiros atrapalha. O roteiro de Siegal é um clichê só. John Byrne, por sua vez, entra na onda e cria um visual pouco convincente para os vilões. A história não decola.
Também atrapalham os deslizes da revisão: o verbo "assistir" é grafado duas vezes como se fosse transitivo direto (páginas 39 e 51). E há uma derrapada na grafia de Louisiana (p. 121). Além disso, não custava nada indicar que as edições 23, 24 e 25 da revista Hawkman não foram puladas. O texto da contracapa induz o leitor ao erro, mas a verdade é que elas saíram na minissérie Reino Sombrio.
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