DC ESPECIAL # 6 – ARQUEIRO VERDE
Título: DC ESPECIAL # 6 - ARQUEIRO VERDE (Panini
Comics) - Revista trimestral
Autor: Judd Winick (roteiro), Phil Hester (desenhos) e Ande Parks (arte-final).
Preço: R$ 14,90
Número de páginas: 144
Data de lançamento: Junho de 20005
Sinopse: Trabalhadores da construção civil do Vale do Cordeiro são perseguidos por uma grande corporação. Raio Negro, super-herói aposentado que atua como assessor de Lex Luthor, pede ajuda a Oliver Queen, que intervém e, de quebra, conhece a sobrinha do ex-companheiro, Joanna Pierce - uma bela advogada de direitos humanos.
É quando, na área, surgem monstros e um terrível matador.
Positivo/Negativo: A saga em seis partes Mira Certeira, publicada na íntegra na sexta edição de DC Especial, mostra um Judd Winick acima da média. Não é grande coisa: ele é um autor de vôos bem rasantes. Basta lembrar que é co-responsável, com Ben Raab, pela edição mais fraca desta revista até agora - a número 3 - e pelos piores momentos do Arqueiro Verde desde a ressurreição empreendida por Kevin Smith.
Aqui, Winick é fiel ao espírito combatente do personagem, engajado em lutas sociais, tal como seu inspirador, Robin Hood. Há bons diálogos e participações convincentes e bem costuradas de outros heróis (Raio Negro, Superman). A ação é bem conduzida, muito graças à excelente dupla de artistas, que salva de vez a edição.
Constantine Drakon, o assassino de aluguel imbatível, é um algoz competentíssimo. Ao perfurar as mãos do herói, leva a trama a um de seus momentos mais dramáticos - e a um quadro lindo, que evoca as imagens clássicas de crucificações de Cristo.
É nesse ponto que Winick se perde.
Na página 70, lá está Queen jogado no chão. É um arqueiro que teve suas mãos perfuradas por suas próprias flechas após um combate heróico empreendido em nome dos oprimidos.
Na página seguinte, o herói está em pé, se lamentando ao telefone. Na 77, ele já empunha um arco e acerta o alvo. Um Robin Hood que evoca as chagas de Cristo parece carecer, enquanto personagem, de mais sofrimento. Sua recuperação é rápida demais, fácil ao extremo.
Winick cria boas situações dramáticas, mas não sabe explorá-las. O conflito social é mostrado por alto: os trabalhadores não sofrem, só reclamam. E a perfuração das mãos de um arqueiro parece um problema solucionável em uma "farmacinha caseira".
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