DC ESPECIAL # 8 – GOTHAM CITY CONTRA O CRIME
Título: DC ESPECIAL # 8 - GOTHAM CITY CONTRA O CRIME (Panini
Comics) - Revista trimestral
Autores: Ed Brubaker e Greg Rucka (texto) e Michael Lark e Brian Hurtt (desenhos).
Preço: R$ 14,90
Número de páginas: 148
Data de lançamento: Dezembro de 2006
Sinopse: Envolvida em uma trama complexa, a detetive Renee Montoya tem seu maior segredo revelado. E sua vida desaba.
E mais: a história da responsável por acionar o batsinal e de sua paixão pelo Homem-Morcego.
Positivo/Negativo: Gotham City Contra o Crime chega a seu terceiro arco publicado como um dos grandes títulos em poder da Panini. Sua principal força é um ar de originalidade em seu entorno. Apesar de tangenciar o Universo DC e compartilhar a cidade com Batman, os personagens da série estrelam uma história policial, e não de super-heróis.
O Homem-Morcego, mesmo quando presente, é um justiceiro mascarado coadjuvante. Os vilões - como Duas Caras - são meros psicóticos. E tudo é bastante verossímil.
Num mercado que até bem pouco tempo era viciado em poucos gêneros de HQs, este material é um respiro. Ninguém voa ou tem superpoderes. Capa, só o Batman, em um punhado de quadrinhos. E o que a trama ganha de humanidade graças a isso não é brincadeira.
Sem máscaras, os personagens precisam ser mais densos para sobreviver. Necessitam de identidade e de bons roteiros. E, por isso, Rucka e Brubaker são autores perfeitos para a série.
Meia Vida, arco focado na revelação do homossexualismo da detetive Renee Montoya - uma das mais queridas policiais de Gotham, personagem bem anterior à série - é um espetáculo. Mistura com harmonia um mistério policial e uma riquíssima história humana. Nada é gratuito.
A arte de Lark é perfeita pra série. E Rucka não perde a condução da narrativa em momento algum. No fim, o leitor percebe que tudo é ainda mais engendrado do que parecia. Contar mais não dá. Mesmo em resenhas com alertas de spoilers, estragar o mistério de uma história policial é sacanagem.
O volume acaba com uma história solo, focada na jovem Stacy e escrita por Brubaker, com arte do convidado Hurtt.
Stacy é coadjuvante. Muito coadjuvante. Mas, numa cidade em que a polícia não pode ser conivente com um vigilante, ela tem um papel fundamental na Unidade de Crimes Hediondos: acender o batsinal - para evitar qualquer envolvimento do comissário Gordon. E é pelo herói que a moça se apaixona. A história é curta e triste.
A edição da Panini inclui todas as capas originais e mais um lindo posfácio de Rucka.
Em tempo, as cores de Matt Hollingsworth e Lee Loughridge também são merecedoras de elogios.
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