DC ESPECIAL: ARENA - CONTAGEM REGRESSIVA
Autores: Keith Champagne (texto), Scott McDaniel (desenhos), Andy Owen (arte-final), Guy Major (cores) e Fábio Fernandes (tradução). HQ publicada originalmente na minissérie Countdown Arena, de 2008.
Preço: R$ 17,90
Número de páginas: 160
Data de lançamento: Março de 2009
Sinopse: O vilão sideral Monarca quer criar um exército imbatível para enfrentar os Monitores.
Para isso, convoca três versões de terras paralelas dos heróis Sombra da Noite, Batman, Raio Negro, Besouro Azul, Lanterna Verde, Starman, Flash, Mulher-Maravilha, Capitão Átomo e, óbvio, Superman.
Cada trio vai ter que se enfrentar em uma arena espacial, e os vencedores poderão integrar o poderoso exército do Multiverso.
Positivo/Negativo: Vida de super-herói deve ser mesmo um saco. Não bastassem às ameaças à humanidade do cotidiano, toda hora surge um vilão para abduzir o supersujeito e levá-lo para outro canto da galáxia, provocando-o a enfrentar outros heróis.
Arena é a mais nova história do gênero - que conta com (por falta de palavra melhor) "clássicos" como Guerras Secretas, Guerras Secretas II e Abdução. O tema também rendeu variantes recentes, como Titãs do Amanhã e Exilados.
Em suma: a história parte de uma ideia pra lá de desgastada. Para tentar requentá-la, a DC Comics fez uma votação nos Estados Unidos em que os leitores elegeram quem seriam os vitoriosos dos principais combates. Aqui, até por uma questão de continuidade, a Panini teve de se resignar a publicar a decisão dos norte-americanos.
Em Arena, o Beyonder da vez é Monarca, vilão da velha minissérie Armageddon 2001, que agora quer montar um exército para enfrentar os Monitores.
A trama é diretamente ligada à Contagem Regressiva, o que só piora as coisas. Afinal, a minissérie já se encaminha para o seu final, mas, sem pé nem cabeça, ainda não conseguiu provar que é mais do que um golpe para emular os bons resultados de sua antecessora, 52.
Por isso, a sensação que se tem ao ver a DC sacar da manga heróis de boas e velhas séries é de desperdício. A seleta não é pouca coisa, afinal, inclui o Superman de Frank Miller, a Mulher-Maravilha de DC - A nova fronteira e os Batmen de Gotham City 1889 e Chuva rubra.
Arena reforça uma hipótese: a de que a editora não tem fôlego nem estatura para dar conta do Multiverso que ela mesma optou por recriar. Em seu momento atual, o conceito - que, veja bem, poderia render boas HQs - vem rendendo apenas desastres em forma de quadrinhos.
Apesar de tudo (e "tudo", nesse caso, é uma ruindade bem ampla), Arena tem um mérito: a arte ágil e a boa narrativa visual de Scott McDaniel funcionam muito bem nos combates, deixando-os um pouco menos insossos. Não chega a ser um grande destaque. Não salva a história. Mas ao menos dá alguma graça para a edição.
Velada neste arco há uma boa notícia: o retorno de DC Especial, revista que já publicou bons arcos de Arqueiro Verde, Gavião Negro e até a íntegra da ótima série Gotham City contra o crime. Suspensa no ano passado, volta agora, ainda que sem numeração, com conteúdo muito abaixo de sua média. Mas dá esperança de que o retorno traga outros bons materiais da DC.
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