DEADMAN WONDERLAND # 1
Editora: Panini Comics
Autores: Jinsei Kataoka (roteiro) e Kazuma Kondou (arte).
Preço: R$ 9,90
Número de páginas: 224
Data de lançamento: Setembro de 2011
Sinopse
No começo da trama, que se passa dez anos após um terremoto devastar Tóquio, a escola do jovem Ganta é invadida por um estranho ser vermelho. Ele promove um massacre e deixa apenas que o rapaz viva, não sem antes atingi-lo com uma espécie de raio.
Ganta, responsabilizado como autor do massacre e condenado à pena de morte, é enviado para Deadman Wonderland, uma instituição penal que funciona como uma espécie de parque de diversões futurista, no qual os detentos cumprem pena enquanto fazem parte das atrações e espetáculos.
Controlado pela iniciativa privada, o local tem regras próprias. Os detentos condenados à morte têm uma coleira no pescoço que injeta veneno de forma lenta e continua. Assim, a cada três dias, devem tomar um antídoto.
O problema é que tanto o antídoto quanto a comida custam "cast points", ou seja, créditos que podem ser adquiridos pelos prisioneiros de várias maneiras.
Não bastasse a pena de morte, Ganta, quase desejando morrer de desespero, ainda precisa sobreviver aos desafios da prisão, que incluem os "valentões" de plantão e participar das atividades do local, como uma corrida na qual poucos têm chance de sobreviver.
Em meio a tudo isso, ele é abordado uma jovem misteriosa chamada Shiro, com estranhas habilidades, que surge e afirma ser sua amiga; conhece um detento que tenta se aproximar com falsas intenções; tem que lidar com uma perigosa supervisora carcerária; e mal tem ideia que o autor do massacre do começo que o incriminou está confinado em segredo na prisão.
Afinal, o que está acontecendo?
Positivo/Negativo
A capa dá parte da toada do que o leitor encontra no primeiro número deste mangá - uma garota misteriosa e um jovem pra lá de encrencado.
E mistério é justamente a palavra que cerca o começo dessa interessante aventura, mistura bem dosada de ficção cientifica com terror - mistério que começa com uma canção, logo nas primeiras páginas, às quais o leitor vai retornar algumas vezes por curiosidade, quando começar entender melhor a trama.
Afinal, quem é o assustador ser que provoca o massacre? Qual o elo entre Ganta, a misteriosa garota que diz ser sua amiga e este ser? Quais as intenções do diretor da prisão? Numerosas perguntas que só devem ser respondidas nas próximas edições.
Sobre a trama, o leitor contumaz dá de cara com diversos elementos do que poderia ser mais uma história de prisão, local sempre em voga nas HQs, livros e seriados. Mas a maneira com que a trama é conduzida, recheada de personagens interessantes e inusitados, além de pistas sobre o que pode estar ocorrendo e novos mistérios que não param de surgir, fazem a ideia central ser comprada rapidamente.
Como é comum na escola japonesa, o apuro da arte se destaca. Melhor ainda, o desenho não chega a ser algo confuso, como ocorre em alguns mangás, especialmente nos momentos das batalhas.
Destaque também para o "livro de regras" da prisão, com algumas páginas apresentadas no decorrer da aventura, e para os panfletos de divulgação da prisão (afinal, é um ponto turístico), que estão nas últimas páginas da revista.
O fato de constar na capa que o mangá é indicado para maiores de 18 anos pode afastar o leitor menos precavido, pois aparenta ser mais uma HQ de conteúdo meramente erótico, o que não é o caso - ainda que a trama tenha lá um leve toque sensual, em especial em relação às garotas, nada aqui é fortuito.
Finalmente, vale destacar o ótimo glossário disponibilizado pela Panini, com explicações vitais para o bom entendimento da HQ, de termos como "panóptico", "wretched egg", "anpan" e outros.
Obviamente, um dos "segredos" para o comércio de revistas em quadrinhos seriadas é que o leitor mantenha o interesse em adquirir o número seguinte, condição esta cumprida com mestria na obra em análise.
Por este primeiro número, Deadman Wonderland desponta como uma das boas opções de mangás adultos nas bancas atualmente, mas parece ter passado despercebido por parte dos leitores. Vale a pena procurar, pois ainda é fácil encontrar as primeiras edições do título à venda.
Classificação:
