Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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DEATH NOTE # 12

1 dezembro 2008


Autores: Tsugumi Ohba (roteiro) e Takeshi Obata (desenhos).

Preço: R$ 10,90

Número de páginas: 200

Data de lançamento: Junho de 2008

Sinopse: Conclusão da saga de Death Note.

Positivo/Negativo: Depois de um ano de publicação no Brasil, Death Note chega ao final.

A conclusão não chega a ser surpreendente, mas é bem executada. Para evitar desapontamentos, este resenhista só dirá que é um grande clímax para a história e que há um vencedor do duelo entre Near e Light.

Com poucas cenas de ação e muita investigação, Death Note foi aclamado por alguns como uma das HQs "mais inteligentes" das bancas. De fato, a trama é bem elaborada. Apesar de seus altos e baixos, os autores Tsugumi Ohba (roteiro) e Takeshi Obata (desenhos) mantiveram uma boa regularidade.

Entretanto, por todo esse burburinho, muita gente continuava considerando Death Note espetacular por osmose. Ou seja, a série foi mais hype do que qualquer outra coisa.

Mas para analisá-la não se pode esquecer, por exemplo, que há diversos momentos forçados na história, inverossímeis até. As investigações dos personagens eram estranhas, muitas vezes irreais.

L, por exemplo, soltava porcentagens sobre quem poderia ser Kira sem nenhuma prova evidente, baseado em um raciocínio não explicitado. A título de comparação, o mangá Monster tem um viés policial muito mais inteligente e interessante.

As motivações dos personagens eram fracas também. Convenhamos, ser o "Deus do novo Mundo" é um lema risível, parece coisa de vilão da Disney.

Como é praxe nos mangás, todos eram obstinados por seus objetivos, por mais bizarros que pudessem soar. Um ponto interessante abordado no roteiro de Tsugumi Ohba é o apoio das pessoas às medidas fascistas de Kira. Passional, a população não hesita em "bancar" um louco homicida que desobedece a justiça. Felizmente, alguns ainda têm o bom senso de enfrentá-lo.

Correndo o risco de ser repetitivo em relação às outras resenhas, os desenhos de Takeshi Obata são o grande charme do mangá. Estes sim, muito mais realistas em relação a outros quadrinhos japoneses.

Detalhista, Obata sempre conseguiu passar a emoção precisa no rosto de cada personagem. E a expressividade tornou-se mesmo seu ponto alto.

A edição da JBC, no geral, não comprometeu. Houve alguns erros, mas nada que tire o mérito do trabalho.

Classificação:

4,0

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